Brasil monitora inclusão de indígenas e mulheres na COP30

Com foco nas populações mais vulneráveis, Brasil acompanha o compromisso de países com os direitos indígenas e femininos nas metas climáticas.

Fonte: CenárioMT

Brasília (DF) 05/08/2025 - Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais, Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher durante o Se
Brasil monitora inclusão de indígenas e mulheres na COP30 - Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O Brasil está monitorando como os países estão tratando os direitos de povos indígenas e de mulheres em suas metas climáticas, conhecidas como Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), no contexto da COP30. Até o momento, apenas 22 países entregaram seus documentos, segundo a diretora executiva da conferência, Ana Toni.

Em audiência pública realizada nesta terça-feira (5) na Câmara dos Deputados, Toni destacou que a expectativa é que todos os países incluam de forma clara os direitos desses grupos em seus compromissos climáticos. A reunião envolveu comissões da Amazônia, dos Povos Originários, de Defesa dos Direitos da Mulher e de Meio Ambiente, sob o tema “COP30: um compromisso com as vidas que sustentam os biomas”.

A diretora afirmou que o diferencial da COP30, sediada no Brasil, será seu caráter popular, com foco em mulheres, indígenas e quilombolas. Ela ressaltou ainda que essas populações não devem ser vistas apenas como vítimas da crise climática, mas como agentes ativos na busca por soluções.

Durante o evento, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, reforçou que sua pasta está mobilizada para dialogar com comunidades em todo o país. Ela defendeu o acesso direto aos recursos internacionais por organizações indígenas, apontando que isso potencializa ações autônomas de proteção ambiental. “Sem povos indígenas, não há justiça climática”, declarou.

Já a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, informou que está em desenvolvimento um protocolo de proteção às mulheres em emergências climáticas. Ela também anunciou uma programação especial para a COP30, com o objetivo de fortalecer o protagonismo feminino nos debates sobre o clima.

O seminário foi solicitado por deputadas federais com o objetivo de consolidar uma agenda legislativa conjunta em defesa da justiça climática, dos territórios e da igualdade de gênero.