A Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou o resultado da análise de propostas e documentação de instituições financeiras para a contratação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para o ano safra 2025/2026. O resultado foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) na última sexta-feira (1º).
“O anúncio representa um passo fundamental para a implementação de políticas públicas que realmente cheguem aos produtores rurais, garantindo maior acesso ao crédito e mais opções de financiamento para a produção”, afirmou o secretário de Política Agrícola, Guilherme Campos.
Para esta safra foi direcionado o montante de mais de R$7,18 bilhões, um aumento de cerca de 4% em comparação ao ano-safra 2024/25. Do montante total, foram destinados mais de R$ 1,81 bilhão para custeio; mais de R$ 2,59 bilhões para comercialização; e mais de R$ 1,68 bilhão para financiamento na aquisição de café. Ainda, mais de R$ 1 bilhão de crédito designados para capital de giro para indústrias de café solúvel e de torrefação de café e para cooperativa de produção.
Segundo a portaria, a análise foi realizada pela equipe de contratação designada em portaria do Mapa, de 10 de junho de 2025, e os valores atribuídos às instituições financeiras se deu conforme critérios estabelecidos na portaria Mapa de 28 de junho de 2024.
Ao todo, 33 instituições financeiras integrantes do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) foram habilitadas.
Plano Safra
O novo Plano Safra, lançado em julho pelo Governo Federal, ampliou o acesso ao Funcafé, beneficiando ainda mais os produtores rurais. A partir da safra 2025/2026, os produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) terão mais flexibilidade para contratar financiamentos com recursos controlados. Agora, além das linhas específicas do programa, será possível acessar outras modalidades de crédito com recursos controlados, como os do Funcafé, respeitando os limites já existentes no Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) e as regras de cada linha.
A medida busca atender à crescente demanda dos médios produtores por mais alternativas de financiamento, sem ampliar o teto de crédito permitido. Assim, ampliam-se o acesso e a eficiência do crédito rural, respeitando o equilíbrio do sistema e mantendo o apoio a cadeias produtivas importantes como a do café, que conta com recursos do Funcafé.