Uma operação coordenada das forças de segurança de Mato Grosso levou à prisão de 14 criminosos ligados ao assalto a uma agência bancária em Brasnorte, ocorrido na tarde da última quinta-feira (31). A ofensiva, que envolveu mais de 100 agentes, conseguiu capturar os quatro autores do roubo em menos de 48 horas, além de identificar e deter colaboradores.
Entre os presos estão dois policiais militares, suspeitos de facilitar a fuga da quadrilha. As prisões foram confirmadas em coletiva nesta segunda-feira (4), com destaque para o trabalho conjunto das instituições envolvidas, segundo o secretário de Estado de Segurança Pública, coronel PM César Roveri.
“A ação integrada foi essencial para o resultado. Agimos com rapidez e eficiência, e a resposta à sociedade foi imediata”, afirmou o secretário. O coronel José Nildo de Oliveira, subchefe do Estado-Maior Geral da PM, reforçou que o flagrante dos envolvidos foi ratificado pela Justiça e convertido em prisão preventiva.
O delegado Cláudio Santana, diretor da DAE da Polícia Judiciária Civil, destacou o papel do Ciopaer na investigação. “O apoio aéreo foi determinante. A equipe atuou inclusive na madrugada para localizar suspeitos e obter provas”, declarou.
Segundo o delegado Gustavo Belão, da GCCO, o crime não se enquadra na modalidade Novo Cangaço, embora tenha envolvido violência. “Foi um roubo a banco com grave ameaça, mas sem o alto poder bélico típico do Novo Cangaço”, explicou.
Após o assalto, os criminosos fugiram em uma caminhonete Hilux roubada, levando dois reféns, que foram libertados a 10 km do local. O veículo foi localizado ainda na quinta-feira em uma estrada vicinal durante buscas do Ciopaer de Sorriso.
Investigações permitiram a prisão de seis suspeitos no sábado (2), quatro deles em Vilhena (RO) e dois em Brasnorte. Informações fornecidas pela esposa de um dos detidos ajudaram nas diligências que levaram à prisão de outros três suspeitos.
Dois PMs lotados em Brasnorte foram presos em flagrante e responderão a processo administrativo. A corporação reiterou sua postura de tolerância zero com atos ilegais.
No domingo (3), o Bope prendeu um homem apelidado de “Agiota”, apontado como responsável por guardar armas e parte do dinheiro roubado. No mesmo dia, um Ford Ka incendiado foi encontrado em estrada vicinal; o carro teria sido usado no roubo da caminhonete Hilux.
A operação também resultou na apreensão de três veículos, armamentos e uma quantia em dinheiro não revelada. A Politec realizou perícias em vários locais estratégicos, incluindo o banco e os veículos utilizados.
Participaram da ação unidades da Força Tática de Juína, Sinop, Alta Floresta, Tangará da Serra, além do Bope, Ciopaer, CORE, GCCO e delegacias regionais.