Treze suspeitos foram presos por envolvimento no assalto à agência do Sicredi, ocorrido em Mato Grosso, na cidade de Brasnorte (580 km de Cuiabá), na última quinta-feira (31). A operação foi conduzida pelas forças de segurança do Estado, com apoio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
Entre os detidos, estão dois empresários da cidade e dois cabos da Polícia Militar, além de outros integrantes da quadrilha, localizados em diferentes pontos de Mato Grosso e Rondônia.
De acordo com o delegado Gustavo Belão, titular da GCCO, o crime, embora violento, não se enquadra na modalidade conhecida como “novo cangaço”. “Foi um roubo a banco com grave ameaça, sim, que exige resposta firme. Mas não chegou ao nível do novo cangaço”, declarou.
As investigações revelaram que o plano foi arquitetado cerca de 20 dias antes da execução. No dia 29 de julho, o grupo roubou uma Toyota Hilux e a escondeu em uma mata. O veículo foi utilizado no dia do crime, quando quatro homens armados invadiram a agência pela manhã, renderam funcionários e roubaram uma quantia ainda não divulgada.
Na fuga, os criminosos libertaram os reféns na estrada para Juína e retornaram a Brasnorte, onde os dois empresários se esconderam em seus próprios comércios para dividir o dinheiro. “Foi uma fuga fora do padrão. Eles voltaram para a cidade e circularam livremente”, relatou Belão.
Parte do bando fugiu para Vilhena (RO), hospedando-se em um hotel. Após alerta de um funcionário – também preso –, os suspeitos fugiram, mas foram localizados em uma casa.
Os detidos são: quatro assaltantes diretos (dois capturados em Brasnorte e dois em Vilhena), dois empresários locais, dois cabos da PM, um motorista de fuga, um envolvido no roubo da Hilux, um responsável pela logística e dois irmãos que prestaram suporte em Rondônia, sendo um deles recepcionista do hotel.
O Hyundai HB20 usado na fuga foi apreendido em uma oficina de propriedade do pai dos irmãos presos. A Polícia Civil continua as buscas pelo valor roubado, que ainda não foi recuperado.
