Mercado do feijão pressionado: preços caem em julho com oferta ampliada e colheita da 3ª safra

Fonte: CenarioMT

feijao carioca

O mercado do feijão enfrentou um julho de baixas generalizadas, influenciado pelo excesso de oferta acumulada da safra 24/25 e pelo avanço da colheita da terceira safra, que começa a entregar produtos de melhor qualidade aos consumidores. Dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) revelam que as cotações médias do grão já operam abaixo dos patamares registrados desde setembro de 2024, pressionando a rentabilidade dos produtores.

Fatores que explicam a queda:
✔ Oferta ampliada com a sobreposição de safras
✔ Entrada da 3ª safra com qualidade superior
✔ Estoques reguladores ainda abastecidos
✔ Seletividade dos compradores causando variações regionais

Cenário regional diversificado

Enquanto algumas praças registram quedas acentuadas, outras mantêm relativa estabilidade nos preços devido à:

  • Diferenças na qualidade dos grãos ofertados
  • Logística distinta em cada região
  • Comportamento variado dos empacotadores

Perspectivas para agosto

Analistas do Cepea projetam que os próximos movimentos do mercado dependerão de três fatores-chave:

  • Ritmo da colheita da 3ª safra
  • Padrão de qualidade dos novos lotes
  • Velocidade de reposição dos estoques pelos empacotadores

Segundo pesquisadores do Cepea, o mercado segue sensível à qualidade do produto ofertado. Enquanto os lotes da nova safra chegarem com bons padrões, a tendência é de manutenção dessa pressão baixista.

Alerta para os produtores

O atual cenário exige atenção redobrada dos agricultores quanto a:

  • Custos de produção elevados
  • Necessidade de armazenamento estratégico
  • Busca por nichos de mercado que valorizem qualidade premium

Com a janela de colheita em pleno andamento, os próximos 15 dias serão decisivos para definir se o mercado encontrará um novo equilíbrio ou se as quedas continuarão a pressionar as margens do setor. Uma luz no fim do túnel pode vir da eventual recomposição dos estoques industriais e do aumento sazonal do consumo no segundo semestre.