Em um desdobramento surpreendente da investigação sobre o assalto a uma agência bancária do Sicredi em Brasnorte, a Polícia Civil de Mato Grosso prendeu dois cabos da Polícia Militar neste sábado (2). Os policiais são suspeitos de terem facilitado a fuga da quadrilha de assaltantes, atrasando a perseguição em troca de dinheiro.
A prisão dos militares ocorreu no mesmo dia em que as equipes de segurança, em uma operação conjunta, localizaram e prenderam seis bandidos em uma residência no município de Vilhena, em Rondônia. Desses, quatro foram identificados como participantes diretos do crime, enquanto os outros dois são apontados como colaboradores.
As investigações apontam que a fuga dos criminosos teria sido facilitada intencionalmente, comprometendo a perseguição imediata da Polícia Militar logo após o assalto, ocorrido na tarde de quinta-feira (31). A Corregedoria Geral da PM foi acionada para acompanhar o caso e abrirá um procedimento administrativo para apurar a conduta dos envolvidos.
Em nota, a Polícia Militar de Mato Grosso reforçou seu posicionamento de tolerância zero contra qualquer ato ilícito praticado por seus integrantes, assegurando que não compactua com crimes ou atividades ilegais dentro ou fora da corporação.
O assalto em Brasnorte envolveu quatro homens fortemente armados que invadiram a agência, roubaram uma grande quantia em dinheiro e fugiram em uma caminhonete, levando duas pessoas como reféns. Durante o percurso em direção a Juína, os reféns foram liberados em diferentes pontos, e a caminhonete foi encontrada abandonada pela PM a cerca de 11 quilômetros da cidade.
O cerco aos criminosos, que envolveu mais de 100 policiais de diversas unidades, como o Bope, Ciopaer, Força Tática e a Polícia Civil, em colaboração com policiais de Rondônia, culminou com as prisões realizadas em Vilhena, resultando na desarticulação da quadrilha. A investigação agora prossegue para determinar a extensão do envolvimento dos policiais detidos.
