A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,8% no segundo trimestre de 2025, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do menor índice já registrado pela série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada em 2012.
O número representa uma queda em relação aos 7% registrados no primeiro trimestre deste ano e supera a marca anterior, de 6,1%, registrada em novembro de 2024. O total de trabalhadores ocupados chegou a 102,3 milhões, enquanto o número de desocupados recuou para 6,3 milhões, uma redução de 17,4% em relação ao trimestre anterior.
O número de empregos com carteira assinada no setor privado também bateu recorde, atingindo 39 milhões de pessoas, um crescimento de 0,9% em comparação com o trimestre anterior. Já os trabalhadores sem carteira somaram 13,5 milhões, alta de 2,6% no mesmo período.
A pesquisa também mostra queda na taxa de informalidade, que ficou em 37,8%, o menor nível desde 2020. A categoria inclui trabalhadores sem carteira, autônomos e empregadores sem CNPJ, que não têm acesso a benefícios como seguro-desemprego e férias remuneradas.
Outro destaque foi o rendimento médio mensal do trabalhador, que chegou a R$ 3.477, o maior valor já registrado pelo IBGE. Em relação ao primeiro trimestre, o crescimento foi de 1,1%, e de 3,3% frente ao mesmo período de 2024. A massa de rendimentos totalizou R$ 351,2 bilhões, recorde histórico e 5,9% superior ao mesmo trimestre do ano anterior.
Esta edição da Pnad Contínua foi a primeira a utilizar dados atualizados com base no Censo Demográfico de 2022, ajustando a amostra dos domicílios analisados. A pesquisa considera trabalhadores a partir de 14 anos, em todas as formas de ocupação, e visitou 211 mil domicílios em todo o país.
O número de desalentados, que são pessoas que desistiram de procurar emprego por acreditarem que não seriam contratadas, caiu para 2,8 milhões, o menor número desde 2016.