O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como inflação do aluguel, encerrou julho com queda de 0,77%, marcando o terceiro mês consecutivo de deflação. Entre os sete meses de 2025, quatro já apresentaram variações negativas. Em junho, o índice havia recuado 1,67%.
A última vez que o indicador apresentou uma sequência de deflação por mais de dois meses foi entre abril e agosto de 2023. No acumulado de 12 meses, o IGP-M registra alta de 2,96%, a menor taxa desde junho de 2024, quando marcou 2,45%. Em março deste ano, o índice havia atingido 8,58%, demonstrando uma tendência consistente de desaceleração.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pelo cálculo do índice.
O IGP-M é composto por três indicadores. O principal é o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do total e apresentou deflação de 1,29% em julho. Os principais responsáveis pela queda foram o café em grão (-22,52%), batata-inglesa (-29,63%), milho em grão (-7,54%) e minério de ferro (-1,86%).
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% da composição, teve alta de 0,27%. Os itens que mais influenciaram a elevação foram passagens aéreas (6,29%) e energia elétrica residencial (2,74%), com impacto direto das férias escolares e da manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.
O terceiro componente, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), teve aumento de 0,91% no mês. O custo com materiais, equipamentos e serviços subiu 0,86%, enquanto a mão de obra teve elevação de 0,99%.
O IGP-M é amplamente utilizado como referência para reajuste de contratos de aluguel, além de ser base para atualização de tarifas públicas e serviços essenciais. A coleta de dados realizada pela FGV abrange as cidades de Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador, no período de 21 de junho a 20 de julho.