Oab-Rj reforça segurança após ameaças à sede da entidade

Após ameaças recentes, a OAB-RJ suspendeu atividades e busca apoio da Secretaria de Segurança para proteger a entidade.

Fonte: CenárioMT

Brasília (DF), 03/07/2025 - Sede da Seccional Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ). Foto: OAB-RJ
Oab-Rj reforça segurança após ameaças à sede da entidade - Foto: OAB-RJ

A presidente da OAB-RJ, Ana Tereza Basílio, e o secretário estadual de Segurança Pública, Victor dos Santos, debatem nesta terça-feira (29) as medidas para enfrentar as ameaças contra a sede da Ordem no Rio de Janeiro.

As ameaças surgiram no início de julho e levaram ao fechamento temporário do prédio da entidade, localizado na Avenida Marechal Câmara, região central da cidade. No último domingo (20), um drone foi flagrado sobrevoando a residência da presidente Ana Tereza, aumentando a preocupação com a segurança.

No dia 2 de julho, a OAB-RJ suspendeu todas as atividades até o meio-dia de 3 de julho, após alerta sobre possível ataque à sede, comunicação feita pelas forças de segurança do estado. No dia seguinte, a Polícia Federal, com apoio do Grupamento Antibomba da Polícia Civil e do uso de doze cães farejadores, realizou uma varredura detalhada no prédio de 12 andares da entidade, liberando o local após a inspeção.

Repúdio às ameaças

O Conselho Federal da OAB manifestou total repúdio às tentativas de intimidação contra a Seccional do Rio de Janeiro, ressaltando que a advocacia não se dobra diante de ameaças.

“Ana Tereza Basílio é uma líder respeitada por sua trajetória na defesa das prerrogativas da advocacia fluminense. Toda tentativa de constranger sua atuação ou a autonomia da seccional fere princípios democráticos e o livre exercício da profissão”, destaca a nota oficial da entidade.

A OAB Nacional reafirma o compromisso de enfrentar qualquer forma de coação com firmeza e unidade em apoio à presidente e à advocacia do estado.

Histórico de ameaças à OAB

O episódio mais trágico da história da OAB-RJ ocorreu em 1980, quando a secretária Lyda Monteiro da Silva morreu ao abrir uma carta-bomba destinada ao presidente da entidade, Eduardo Seabra Fagundes. Naquele período, a OAB denunciava desaparecimentos e torturas de presos políticos durante o regime militar, tornando-se alvo de ataques.