Ministério da Saúde publica edital do Agora Tem Especialistas com 1.778 vagas

O programa federal busca ampliar o número de médicos especialistas em regiões com carência de atendimento e reduzir o tempo de espera no SUS.

Fonte: CenárioMT

Brasília (DF), 23/07/2025 - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fala durante anúncio de novas medidas para expandir o provimento e a formação de médicos especialistas para atuação em áreas em que
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (23) a abertura do programa Agora Tem Especialistas, voltado para aumentar o número de médicos especialistas em regiões com difícil acesso a esses profissionais. O edital com 1.778 vagas será publicado nesta sexta-feira (24), conforme informou a pasta.

As inscrições estarão abertas de 28 de julho a 10 de agosto e deverão ser realizadas pela plataforma da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (SUS). Das vagas anunciadas, 635 são para início imediato a partir de 15 de setembro, e outras 1.143 serão destinadas à formação de cadastro de reserva.

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A distribuição das vagas contempla todas as regiões do país: 239 para o Nordeste, 146 para o Norte, 168 para o Sudeste e 37 para o Sul. A previsão é de que até 2026 sejam investidos aproximadamente R$ 98 milhões na iniciativa.

O programa foi criado por meio da Medida Provisória 1301/25 e tem como foco não apenas a ampliação do acesso a especialistas, mas também o aperfeiçoamento profissional em áreas como oncologia, ginecologia, cardiologia, saúde da mulher, da criança e do adolescente, anestesiologia, cuidados com pessoas com deficiência e reabilitação.

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De acordo com dados do Ministério da Saúde, a maioria dos especialistas está concentrada em apenas três unidades da federação: Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo. Atualmente, o país conta com 244.141 médicos generalistas (40,9%) e 353.287 especialistas (59,1%), com forte presença no setor privado e escassa cobertura em regiões afastadas dos grandes centros.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que o objetivo é reduzir o tempo de espera da população por atendimentos especializados, como consultas, exames e cirurgias. “O primeiro caminho é tentar aprimorar a capacidade de atendimento das estruturas que já existem no SUS”, afirmou durante coletiva de imprensa em Brasília.

Outro pilar da proposta é a qualificação de profissionais por meio de programas de residência médica e multiprofissional. A expectativa é formar cerca de 3 mil especialistas até 2028. Os médicos selecionados atuarão em unidades como policlínicas e laboratórios, e também dedicarão quatro horas semanais a atividades educacionais, como mentorias e imersões.

Além disso, o programa prevê parcerias com entidades privadas e filantrópicas para ampliar o atendimento do SUS. Hospitais poderão realizar procedimentos como forma de compensar dívidas com a União, enquanto planos de saúde deverão reembolsar o SUS mediante prestação direta de serviços.

Padilha ressaltou que a medida é parte de uma estratégia de longo prazo para fixar profissionais em áreas com déficit de especialistas. “É um caminho estruturante de formar mais médicos especialistas, com qualidade”, concluiu.

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Graduado em Jornalismo pelo Unasp (Centro Universitário Adventista de São Paulo): Base sólida em teoria e prática jornalística, com foco em ética, rigor e apuração aprofundada.