Governo acelera emissão da Carteira de Identidade Nacional com uso obrigatório da biometria

Nova regulamentação determina o uso da biometria para acesso a benefícios sociais e impulsiona a emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN).

Fonte: CenárioMT

Brasília (DF), 23/07/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de apresentação e anúncios no âmbito da
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O governo federal anunciou novas medidas para acelerar a emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN), vinculadas à obrigatoriedade da biometria para acesso a benefícios sociais. A decisão foi oficializada nesta quarta-feira (23), com a assinatura do decreto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a apresentação de diretrizes do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

Segundo a ministra Esther Dweck, a exigência será implementada de forma progressiva, com foco inicial em novas concessões. Pessoas com mais de 80 anos ou com dificuldades de locomoção terão exceções previstas. O objetivo é garantir o direito de acesso sem exclusão social.

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Para facilitar o processo, o governo firmou uma parceria com a Caixa Econômica Federal. A instituição, que já possui a biometria de mais de 90% dos beneficiários do Bolsa Família, atuará como ponto de coleta da CIN, especialmente em comunidades remotas. O Rio Grande do Norte será o primeiro estado a testar o projeto-piloto.

A medida está respaldada pela Lei 15.077/2024, que busca tornar mais seguras e acessíveis as políticas assistenciais. A CIN, emitida pelas secretarias estaduais de segurança desde 2022, usa o CPF como número único de identificação e contempla impressões digitais e biometria facial.

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Com cerca de 30 milhões de unidades já emitidas, o governo quer ampliar a capacidade mensal de emissão, atualmente em 1,8 milhão, por meio de novos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública.

Durante o evento, o Ministério da Justiça lançou ainda um aplicativo de validação da CIN via QR Code. A medida é parte de um pacote mais amplo de transformação digital, que inclui melhor governança de dados, interoperabilidade entre órgãos e combate a fraudes.

O MGI também abriu consulta pública para um novo decreto que regulamenta o compartilhamento de dados entre instituições federais. A proposta visa instituir uma infraestrutura segura e estratégica para o uso de dados sensíveis, que só poderão ser armazenados em nuvem nacional operada por empresas públicas.

Além disso, o decreto fortalece o Comitê Central de Governança de Dados e a participação da sociedade civil. A ministra Esther Dweck defendeu a integração federativa como essencial para que a transformação digital alcance efetivamente a população nos municípios.

Outras ações apresentadas incluem a criação da Rede Nacional de Dados da Saúde (RNDS), que unificará informações dos usuários do SUS com base no CPF, e o lançamento do aplicativo Meu Imóvel Rural, que centraliza dados de propriedades rurais em um único ambiente digital.

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Graduado em Jornalismo pelo Unasp (Centro Universitário Adventista de São Paulo): Base sólida em teoria e prática jornalística, com foco em ética, rigor e apuração aprofundada.