O juiz Ricardo Frazon Menegucci, da 1ª Vara Criminal de Tangará da Serra, determinou a suspensão do exercício da função pública e do porte de arma de fogo do policial penal J.A.S.F., investigado por suspeita de introduzir drogas e celulares no Centro de Detenção Provisória (CDP) da cidade.
Conforme a decisão, o policial utilizava sua posição para facilitar a entrada dos itens no presídio, recebendo supostamente R$ 2,5 mil por cada aparelho celular. A denúncia partiu da Polícia Judiciária Civil, que solicitou também a busca e apreensão, quebra de sigilo de dados telefônicos, prisão preventiva e demais medidas cautelares.
Embora o magistrado tenha negado a prisão preventiva — com base nas condições pessoais favoráveis do investigado e na ausência de violência ou ameaça grave —, ele aplicou medidas alternativas. Entre elas estão a suspensão das funções públicas e do porte de arma, consideradas suficientes para preservar a segurança e o andamento das investigações.
O juiz também autorizou Mato Grosso a realizar busca e apreensão no alojamento da Polícia Penal de Tangará da Serra. O objetivo é permitir inspeção direta no local e averiguar a existência de substâncias ilícitas ou outros objetos proibidos.
Além disso, a decisão inclui a quebra de sigilo e extração de dados dos aparelhos encontrados em posse do investigado. O processo tramita sob segredo de justiça para proteger a integridade das apurações.