Lojistas da 25 de Março pedem apoio enfático a Lula após investigação dos EUA

Entidade que representa os comerciantes da região solicitou ao governo federal uma resposta firme às acusações de práticas desleais feitas pelos Estados Unidos.

Fonte: CenárioMT

Lojistas da 25 de Março pedem apoio enfático a Lula após investigação dos EUA
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

A União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco25) enviou um ofício ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo uma defesa mais contundente da soberania brasileira diante da recente investigação aberta pelos Estados Unidos contra o comércio informal e o uso do Pix no Brasil.

O governo norte-americano anunciou que irá apurar supostas práticas comerciais desleais por parte do Brasil, apontando diretamente a Rua 25 de Março, em São Paulo, como foco de pirataria. O Escritório do Representante de Comércio dos EUA afirmou que a região figura há décadas entre os principais polos de venda de produtos falsificados, mesmo após diversas operações policiais.

No documento enviado ao Palácio do Planalto, a Univinco25 afirmou que a região abriga mais de 35 mil empregos formais e exerce papel estratégico para o abastecimento de cidades brasileiras e de países da América do Sul. “Temos plena convicção de que é possível construir uma resposta firme, racional e soberana a este episódio”, destacou a entidade.

Embora reconheça a importância da proteção à propriedade intelectual, a Univinco25 criticou a generalização feita pelas autoridades americanas. Segundo a entidade, a criminalização de todo o ecossistema comercial da 25 de Março atinge injustamente trabalhadores autônomos e pequenos empreendedores, comprometendo a imagem do Brasil no cenário internacional.

Em resposta à situação, o Sindicato dos Comerciários de São Paulo (Secsp) convocou uma manifestação para esta sexta-feira (18), às 10h, na própria região da 25 de Março. O protesto contará com a presença de lideranças sindicais, movimentos sociais e representantes do comércio.

No entanto, a Univinco25 informou que não apoiará o ato, alegando que o foco do setor está em recuperar o fluxo de consumidores e reforçar a legalidade das atividades comerciais. “Entendemos que esse tipo de ação não contribui para a melhoria da situação imposta recentemente pelo governo dos Estados Unidos à região”, afirmou a entidade em nota oficial.