Uma mulher de 39 anos foi presa em Minas Gerais na última terça-feira (15) durante a Operação Reversus, que investiga uma quadrilha envolvida em fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro. Apesar de morar em um condomínio de alto padrão em Mato Grosso, ela estava no estado mineiro para fazer uma lipoaspiração.
A ação foi coordenada pela Delegacia Especializada de Estelionato com apoio da Polícia Civil local. Segundo a investigação, a suspeita já tem condenações por estelionato e era considerada alvo prioritário. Ela foi localizada no momento em que se preparava para o procedimento estético.
A Operação Reversus cumpre mais de 50 ordens judiciais em diferentes estados, incluindo 27 mandados de prisão preventiva, 24 de busca e apreensão, bloqueio de contas com até R$ 2,7 milhões e sequestro de bens que podem chegar a R$ 100 mil por pessoa. Ordens também foram cumpridas na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
O grupo é suspeito de anunciar veículos e gado falsamente desde 2023 para enganar vítimas, como no caso de um comprador que transferiu R$ 45 mil via Pix acreditando estar adquirindo um carro. Segundo a polícia, o mentor do esquema, preso na PCE, comandava os golpes de dentro da unidade. O dinheiro era distribuído em contas no Rio de Janeiro, redirecionado para Cuiabá e concentrado em contas ligadas à suspeita.
Ela também é viúva de um homem assassinado na fronteira com a Bolívia, em um crime em que o corpo e o carro foram incendiados. Se condenados, os investigados podem cumprir mais de 30 anos de prisão por estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As investigações continuam.