As câmaras de comércio dos Estados Unidos e do Brasil uniram forças para solicitar ao governo norte-americano a suspensão de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, foi criticada pela U.S. Chamber of Commerce e pela Amcham Brasil, que divulgaram uma nota conjunta alertando para os impactos econômicos negativos da decisão.
Segundo as entidades, a tarifa afeta diretamente produtos essenciais às cadeias produtivas e aos consumidores norte-americanos, encarecendo o custo de vida das famílias e comprometendo a competitividade de setores estratégicos nos Estados Unidos.
As organizações destacaram a importância de um diálogo diplomático urgente entre os dois países. Elas defendem negociações de alto nível para evitar a imposição da tarifa, considerada uma resposta desproporcional a disputas políticas mais amplas e um possível precedente perigoso para as relações econômicas bilaterais.
Dados divulgados no comunicado revelam que mais de 6,5 mil pequenas empresas norte-americanas dependem de importações brasileiras, enquanto outras 3,9 mil contam com investimentos diretos no Brasil. Além disso, o país sul-americano é um dos dez principais destinos das exportações dos EUA, recebendo anualmente cerca de US$ 60 bilhões em bens e serviços.
As câmaras reforçaram que uma relação comercial estável e construtiva entre Brasil e Estados Unidos é essencial para preservar empregos, beneficiar consumidores e fomentar a prosperidade de ambos os lados.
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— CenarioMT (@cenariomt) August 14, 2025