Mato Grosso registrou um avanço significativo na alfabetização infantil, atingindo 60,59% de crianças alfabetizadas ao final do 2º ano do Ensino Fundamental, superando a meta estadual de 59,2% estabelecida no Plano EducAção 10 Anos.
O dado foi divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) nesta sexta-feira (11), por meio do Indicador Criança Alfabetizada (ICA) de 2024, ferramenta que monitora de forma padronizada o nível de alfabetização no país. O resultado coloca o estado em destaque entre os esforços nacionais por uma educação de base mais sólida.
Segundo o secretário estadual de Educação, Alan Porto, o desempenho é reflexo de estratégias como formação de professores, valorização de boas práticas e monitoramento contínuo da aprendizagem. “Esse crescimento de 3,39 pontos percentuais demonstra a eficácia da política implementada pelo Governo de Mato Grosso”, avaliou.
Além dos bons resultados no ensino fundamental, o estado também se destacou no ensino médio, subindo da 22ª para a 8ª posição no ranking nacional. Outro avanço relevante foi na redução do analfabetismo entre pessoas com mais de 15 anos, que caiu de 4% para 3,8%, de acordo com dados do IBGE.
O ICA utiliza dados dos sistemas estaduais de avaliação e segue os critérios da pesquisa Alfabetiza Brasil, coordenada pelo Inep. São consideradas alfabetizadas as crianças que conseguem ler e interpretar pequenos textos, localizar informações explícitas e compreender conteúdos verbais e não verbais.
A evolução está diretamente ligada ao Programa Alfabetiza MT, criado em 2021, que promove formações regulares para docentes do pré-II e dos dois primeiros anos do ensino fundamental, além de avaliações externas, distribuição de material didático e fortalecimento da gestão escolar.
O programa é apoiado tecnicamente pela Parceria pela Alfabetização em Regime de Colaboração (PARC), que envolve entidades como Fundação Lemann, Instituto Natura e Associação Bem Comum, e busca consolidar a alfabetização como prioridade por meio de governança compartilhada.
“Celebrar esse avanço é celebrar o futuro da educação brasileira”, afirmou Daniela Caldeirinha, da Fundação Lemann. Já Maria Slemenson, do Instituto Natura, ressaltou que a alfabetização na idade certa é um direito garantido pela BNCC e essencial para o sucesso escolar.