Os preços do milho operam, neste início de julho, nos menores patamares de 2025 na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A pressão vem principalmente da intensificação da oferta do cereal no mercado spot nacional, ao mesmo tempo em que compradores mantêm postura cautelosa nas negociações.
Segundo o Cepea, mesmo com um ritmo de colheita da segunda safra mais lento do que o registrado no ano passado, o volume disponível já tem gerado gargalos na capacidade de armazenagem em algumas regiões, forçando vendedores a serem mais flexíveis nos preços. A baixa paridade de exportação também contribui para o enfraquecimento das cotações, limitando alternativas de escoamento da produção.
Do lado da demanda, o cenário é marcado por compras pontuais e focadas no consumo imediato. Muitos compradores preferem esperar novos recuos, reforçando a tendência de queda dos preços. Esse comportamento prudente também reflete a incerteza do setor diante das condições econômicas e do comportamento do mercado internacional.
O atual momento do mercado de milho representa um desafio adicional para os produtores, especialmente diante do aumento dos custos de produção projetados para a próxima safra e da pressão por rentabilidade em um ambiente de preços retraídos.