A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) intensificou o combate aos crimes ambientais no primeiro semestre de 2025, com a deflagração de 127 operações de fiscalização no âmbito da Operação Amazônia. As ações resultaram na aplicação de aproximadamente R$ 1,3 bilhão em multas nos biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal.
Conforme relatório da Gerência de Planejamento de Fiscalização e Combate ao Desmatamento (GPFCD), foram lavrados 1.708 autos de infração e emitidos 1.308 termos de embargo, totalizando 110,44 mil hectares de áreas embargadas, sendo 12,43 mil por desmatamento ilegal. Os fiscais atenderam a 1.655 alertas de desmate.
A maior parte das autuações, cerca de 76%, ocorreu por meio de fiscalização presencial. Os outros 24% foram realizados de forma remota. Do valor total das multas, R$ 1,2 bilhão corresponde à região da Amazônia, enquanto R$ 104,14 milhões foram aplicados no Cerrado e R$ 22,75 milhões no Pantanal.
Entre as infrações mais recorrentes estão:
- Impedir a regeneração natural da vegetação: R$ 368,56 milhões
- Desmatamento ilegal: R$ 352,03 milhões
- Atividade sem licença: R$ 205,79 milhões
- Exploração seletiva: R$ 109,84 milhões
- Descumprimento de embargo: R$ 97,59 milhões
As ações de fiscalização são orientadas pelo monitoramento em tempo real da vegetação nativa, feito com imagens de satélite e um sistema automatizado de alertas, atualizado semanalmente. A Sema atua com base nesses dados, notificando proprietários de áreas em desmatamento para interromperem a atividade sob pena de sanções administrativas, civis e criminais.
A Operação Amazônia, coordenada pela Sema, reúne esforços de órgãos estaduais e federais. As ferramentas utilizadas incluem embargo de áreas, apreensão de máquinas e responsabilização dos infratores com base nas evidências levantadas pelas fiscalizações em campo e por satélite.