Durante sessão da Câmara de Lucas do Rio Verde realizada nesta segunda-feira (30), a vereadora Débora Carneiro (PRD) fez um pronunciamento sobre a necessidade urgente de atenção à saúde mental da população luverdense. O tema foi trazido à pauta em razão do feminicídio ocorrido na última semana no município, que comoveu a comunidade e levantou reflexões sobre os impactos silenciosos das doenças psíquicas.
“Às vezes damos muita importância à saúde física e esquecemos que a saúde mental é parte fundamental disso tudo. Precisamos estar bem internamente para oferecermos o nosso melhor às pessoas que amamos e convivem conosco”, destacou Débora.
A parlamentar anunciou que irá buscar articulações junto à Secretaria Municipal de Saúde e demais órgãos competentes para discutir formas de ampliar o acesso a serviços de atenção psicológica e psiquiátrica, especialmente para quem não tem condições de buscar atendimento particular.
“Vamos lutar por mais saúde mental. Precisamos pensar em políticas públicas para garantir que toda a população tenha esse cuidado. Muitas pessoas vivem com ansiedade, depressão, sem sequer saber que estão adoecidas”, frisou.
Débora também ressaltou a importância de campanhas de conscientização voltadas ao público jovem, lembrando que, recentemente, adolescentes participaram de uma atividade na Câmara sobre violência em relacionamentos. “Não é só a violência contra a mulher que precisa ser debatida, mas também a violência emocional, muitas vezes invisível, dentro dos próprios relacionamentos”, observou.
A vereadora defendeu que casos de violência doméstica devem ser analisados com cautela e de forma individualizada, reconhecendo que embora algumas situações possam ter relação com transtornos mentais, outras têm origens distintas. “Não podemos generalizar. Cada caso tem um contexto. Mas precisamos agir para prevenir novas tragédias.”
Débora finalizou seu discurso reforçando que a prevenção passa por informação, acolhimento e políticas públicas contínuas: “Não vamos conseguir eliminar totalmente essas ocorrências, mas podemos e devemos trabalhar para reduzi-las. Nossa luta é por uma sociedade mais saudável, emocionalmente equilibrada e segura para todos.”