Parceria garante R$ 299 milhões para fortalecer agricultura na Bahia

BNDES e governo estadual firmam contrato para apoiar agricultores familiares e impulsionar práticas sustentáveis no semiárido.

Fonte: CenárioMT

Parceria garante R$ 299 milhões para fortalecer agricultura na Bahia
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o governo da Bahia firmaram um acordo de R$ 299 milhões voltado à agricultura familiar. A iniciativa faz parte do programa Sertão Vivo e deve beneficiar cerca de 75 mil famílias em 49 municípios, alcançando aproximadamente 300 mil pessoas.

Segundo o BNDES, o objetivo é incentivar práticas agrícolas mais resilientes às mudanças climáticas no semiárido baiano. Do total, R$ 252 milhões serão oferecidos como empréstimo ao governo estadual e R$ 47 milhões serão repassados de forma não reembolsável. Para os agricultores familiares, o apoio financeiro será totalmente não reembolsável.

O contrato foi assinado em cerimônia realizada em Itiúba (BA), com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, da diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, e de Alessandra di Giacomo, representante do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).

Durante o evento, Lucas da Silva Santos, monitor da Escola Família Agrícola (EFA) de Monte Santo, destacou a transformação proporcionada por projetos na região, relatando que pôde estudar e conquistar sua terra. Já a estudante Anita Andrade da Silva, da EFA de Itiúba, ressaltou o desejo dos jovens de transformar o futuro por meio das oportunidades criadas.

O programa Sertão Vivo é fruto de uma parceria entre o BNDES, o FIDA (ONU) e o Green Climate Fund. Estão previstos mais de R$ 1,3 bilhão em investimentos no semiárido de seis estados nordestinos: Bahia, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Piauí e Sergipe. Os recursos envolvem tanto empréstimos quanto doações.

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a proposta é transformar a realidade do semiárido de forma sustentável, unindo combate à pobreza, aumento da produção de alimentos, recuperação da caatinga e resiliência climática. A meta é beneficiar cerca de 326 mil famílias em situação de vulnerabilidade em toda a região.