A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) está de olho nas dificuldades que o agronegócio enfrenta. O presidente da Casa, deputado Max Russi (PSB), defendeu a suspensão do reajuste do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), previsto para entrar em vigor em julho.
Segundo Russi, o setor está “passando por dificuldade”, e a ALMT deve receber um projeto de lei para votar essa suspensão. A fala veio após uma reunião com o governador Mauro Mendes (União).
“A gente está vendo o milho a R$ 40, a soja a R$ 100. O agronegócio está em um momento delicado”, explicou Russi. Ele se refere à correção de cerca de 2,5% no valor do Fethab que se aproxima e que, na visão dos parlamentares, seria um fardo extra para os produtores agora. O pedido ao governo é claro: enviar um projeto para barrar esse aumento.
Fethab: Arrecadação X alívio para o campo
O Fethab é um imposto estadual crucial para a infraestrutura de Mato Grosso, financiando estradas e projetos habitacionais. Ele é pago sobre produtos como soja, milho, algodão, gado e madeira.
Russi argumenta que, mesmo sem o reajuste, a arrecadação do estado não seria prejudicada. A expectativa de uma “super safra” este ano compensaria qualquer impacto. “O Estado vai ter uma super safra, não vai ter perda de arrecadação. Dá para ter flexibilidade e não corrigir o valor agora em julho”, defendeu o deputado.
Outro ponto levantado por Max Russi é a cobrança do Fethab sobre bovinos. Ele apontou que, atualmente, o valor é o mesmo tanto para boi quanto para “vaca velha”, apesar da diferença de preço entre os animais. “São essas conversas que trouxemos para o governador”, finalizou, sinalizando a busca por um ajuste mais justo para os pecuaristas.