Os preços da laranja seguem em trajetória de queda no mercado de mesa, de acordo com levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A desvalorização reflete a proximidade da nova safra e o consequente aumento da oferta de variedades precoces. Entre os dias 23 e 26 de junho, a laranja pera in natura foi negociada a uma média de R$ 60,47 por caixa de 40,8 kg, recuo de 4,1% em relação ao período anterior.
A maior queda, no entanto, foi observada na variedade hamilin, comercializada a R$ 57,00 por caixa, o que representa baixa de 12,3%. Os pesquisadores do Cepea explicam que o mercado já sente os efeitos do maior volume de frutas no campo, fator que pressiona as cotações mesmo com algumas adversidades climáticas recentes.
O frio intenso registrado em algumas regiões produtoras chegou a atingir pomares, mas os impactos, segundo relatos de agentes consultados pelo Cepea, foram pontuais e ainda não representam perdas significativas. A principal preocupação do setor recai agora sobre a lima ácida tahiti. A fruta, que já apresenta oferta limitada, pode ter sua coloração comprometida pelas temperaturas mais baixas, o que prejudica sua comercialização.
O momento, portanto, é de atenção redobrada por parte dos produtores, que seguem acompanhando as condições climáticas e a dinâmica de mercado para minimizar perdas e ajustar a colheita conforme a demanda e a qualidade da fruta.