A produção de carnes, ovos e leite apresentou aumento no 1º trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano passado, avalia a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em comunicado técnico publicado na segunda (23).
O documento analisa os dados das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, de Leite e da Produção de Ovos de Galinha do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgadas neste mês.
De acordo com a CNA, houve aumento nos abates de bovinos de 5,5%, com destaque para vacas e novilhas, o que pressionou os preços do boi gordo. Os suínos cresceram 1,6% impulsionados pela demanda interna e exportações. Já o abate de aves foi de 1,64 bilhão, aumento de 2,3%.
Em relação aos ovos, a produção brasileira foi de 14,36 bilhões de unidades, um aumento de 8,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a CNA, apesar do aumento na produção, a demanda aquecida e os estoques baixos deram sustentação aos preços dos ovos no mercado interno nos primeiros três meses de 2025.
“Segundo dados do Cepea, no atacado, o preço da caixa com 30 dúzias de ovos brancos subiu 48,1% entre janeiro e março deste ano. No entanto, de março até a primeira quinzena de junho, as cotações recuaram 18,7%, frente ao aumento mais expressivo na produção.”
O comunicado destaca ainda que a captação formal de leite pelas indústrias com algum tipo de inspeção manteve a recuperação nos volumes após as quedas verificadas em 2021 e 2022, com os 6,49 bilhões de litros de leite em 2025, representando variação positiva de 3,35% na comparação com o primeiro trimestre de 2024. “Apesar do cenário positivo, o volume ainda está 1,3% menor que o verificado no primeiro tri de 2021”, ressalta o documento.
Segundo a CNA, apesar dos avanços, o setor enfrenta incertezas com relação à manutenção da demanda e à pressão sobre os preços, principalmente no leite e na carne de frango.
“Nesse contexto, a alimentação mais acessível, associada a uma demanda patinando, indica para o aumento na oferta de leite no curto prazo, que deve pressionar ainda mais os preços ao produtor em plena entrada da entressafra.”
