O mercado do boi gordo segue com preços firmes em diversas categorias, conforme indicam os mais recentes levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Tanto boi, vaca e novilha para abate, quanto os animais de reposição continuam sendo negociados com cotações sustentadas, reflexo de uma combinação entre baixa oferta e demanda aquecida por parte dos frigoríficos.
De acordo com o Cepea, a procura por animais prontos para o abate tem superado a oferta disponível nas praças de comercialização. Um fator que contribui para esse cenário é a presença crescente de lotes de confinamento, que tendem a alcançar preços mais elevados que os animais terminados a pasto, devido ao melhor acabamento e padronização da carcaça.
Mercado atacadista acompanha firmeza
No atacado da carne com osso, especialmente em São Paulo, as cotações também vêm se mantendo em níveis firmes, mesmo com o comportamento mais contido do consumidor neste período do mês – tradicionalmente marcado por menor poder de compra.
Esse cenário demonstra a resiliência do mercado pecuário neste momento, sustentada por uma demanda consistente das indústrias e pela oferta ajustada de animais, o que limita a pressão baixista sobre os preços. A expectativa, segundo analistas, é de que os valores sigam firmes no curto prazo, sobretudo com o avanço da saída de animais de confinamento e a possibilidade de reações no consumo interno com a virada do mês.
