Assassinato é transmitido por chamada de vídeo para faccionados de dentro de presídios em MT

Operação policial cumpre mandados e revela detalhes chocantes sobre o homicídio de jovem, com transmissão do crime para líderes de facção.

Fonte: CenárioMT

Assassinato é transmitido por chamada de vídeo para faccionados de dentro de presídios em MT
Assassinato é transmitido por chamada de vídeo para faccionados de dentro de presídios em MT - Foto: PMMT

Uma operação da Polícia Civil de Mato Grosso desvendou os detalhes brutais do assassinato de uma jovem de 23 anos, ocorrido no ano passado. De acordo com as autoridades, o homicídio foi transmitido via videochamada para chefes de uma facção criminosa, que seriam os mandantes do crime e já se encontravam detidos em unidades prisionais do estado.

Nesta quarta-feira (18), onze mandados de prisão foram cumpridos contra os envolvidos. Nove indivíduos foram presos em diversas cidades do estado – Primavera do Leste, Sorriso, Rondonópolis e Cuiabá – por suspeita de participação direta no crime. Os outros dois mandados foram executados dentro de presídios, formalizando a prisão dos líderes da facção apontados como os articuladores da ação.

As investigações apontam que o assassinato está diretamente ligado à disputa entre facções criminosas. A vítima teria tido sua morte determinada por suposta ligação com um grupo rival, embora as autoridades não tenham confirmado seu envolvimento com atividades criminosas.

A jovem estava desaparecida desde janeiro do ano passado. Seu corpo foi encontrado em uma área de mata em Primavera do Leste na última segunda-feira (16). O registro do desaparecimento havia sido feito pela mãe da vítima em abril do ano passado, na cidade de Sorriso, após a filha viajar para Primavera do Leste e perder contato com familiares.

A apuração policial revelou que a vítima foi atraída para uma emboscada, sequestrada por membros da facção e levada a uma casa abandonada, onde foi mantida em cárcere privado, torturada e morta. O corpo foi ocultado logo após o crime.

Além dos dois chefes da facção que já estavam presos e tiveram novos mandados de prisão cumpridos, outros nove indivíduos, incluindo uma mulher grávida, foram identificados como executores ou facilitadores do assassinato. Os envolvidos responderão por homicídio qualificado, sequestro e cárcere privado com grave sofrimento físico, ocultação de cadáver, corrupção de menores e integração a organização criminosa.