O Museu do Futebol foi tomado pela animação na tarde desta quarta-feira (18), quando torcedores se reuniram para acompanhar o jogo entre São Paulo e Internacional, válido pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro Feminino. A partida, realizada em Osasco (SP), foi transmitida pela TV Brasil.
Antes mesmo do apito inicial, marcado para as 15h, o clima já era de festa. O público aproveitou para conhecer as instalações do museu, localizado no Mercado Livre Arena Pacaembu, em São Paulo.
Entre os presentes, estavam as alunas do projeto social Meninas em Campo, que promove a inclusão de meninas no esporte desde cedo. “Ano que vem, o projeto completa 10 anos. Nosso objetivo é democratizar o acesso ao futebol feminino para meninas de 10 a 17 anos”, destacou Natália Cristina Servadio, coordenadora da categoria sub-11.
Natália ressaltou a importância de transmissões como essa em TV aberta. “Viemos a convite da TV Brasil para dar mais visibilidade ao futebol feminino. Trouxemos nossa base para acompanhar um jogo decisivo do Brasileirão”, afirmou.
Para ela, a visibilidade é essencial. “Quando as meninas veem o jogo na TV, começam a ter perspectiva de futuro no esporte e na vida”, completou.
Marília Bonas, diretora técnica do Museu do Futebol, reforçou que essa parceria é fundamental. “O futebol feminino sofreu muito com a falta de cobertura da mídia. Mostrar o talento e a garra das jogadoras é essencial. Isso só é possível com mais transmissões como essa”, disse.
Marília também destacou que a exposição dos jogos ajuda no combate aos preconceitos históricos. “As pessoas só vão entender e celebrar o futebol feminino quando conhecerem as jogadoras, acompanharem os dribles, os gols e as defesas. Isso é vital para alcançarmos a igualdade de gênero no esporte”, pontuou.
Entre os torcedores estava Vanessa Furlan, 47 anos, apaixonada pelo São Paulo e fã do futebol feminino desde 2019. “É uma experiência única. A transmissão pela TV Brasil ajuda no engajamento e na visibilidade das atletas”, celebrou. Otimista, ela acredita que o time tricolor pode chegar à final. “A equipe vem evoluindo muito”, afirmou, mostrando com orgulho sua tatuagem em homenagem à jogadora Robinha.
Benício Wiggers Júnior, 30 anos, torcedor do Internacional, também marcou presença. “O torcedor acredita até o fim. Apesar de uma redução nos investimentos este ano, estamos na torcida pela classificação. E esperamos que, no próximo ano, o futebol feminino receba mais apoio para voltar a crescer”, comentou. Para ele, a transmissão em TV aberta amplia a visibilidade, atrai patrocinadores e fortalece os clubes e a seleção brasileira.
A gerente executiva de Marketing e Negócios da EBC, Ana Carolina Machado, ressaltou que transmitir o Brasileirão Feminino no Museu do Futebol representa um gesto de valorização. “Colocar o jogo em um espaço que celebra a história do futebol é reafirmar que o futebol feminino merece protagonismo, espaço e reconhecimento. Isso reforça nosso compromisso com uma cobertura mais diversa e inclusiva”, explicou.
O Campeonato Brasileiro Feminino A1 de 2025 reúne 16 clubes, que disputam a fase de classificação em turno único. Os oito primeiros avançam para as quartas de final. As equipes participantes são: Juventude, América-MG, Internacional, Bahia, Palmeiras, Bragantino, Ferroviária, Sport, Instituto 3B-AM, Fluminense, Cruzeiro, Grêmio, Real Brasília, Corinthians, Flamengo e São Paulo.
Na tabela, o São Paulo ocupa a terceira posição, enquanto o Internacional está em 12º, ainda com chances de classificação. Cruzeiro, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Flamengo, Ferroviária e Bahia já garantiram vaga no mata-mata.
