Cesta básica fica mais barata em maio na maioria das capitais; veja onde economizar mais

O custo da cesta básica teve queda em 15 das 17 capitais brasileiras analisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) no mês de maio de 2025.

Essa redução no preço dos alimentos essenciais aliviou, ainda que temporariamente, o bolso do consumidor.

As maiores quedas foram registradas em:

• Recife: -2,56%

• Belo Horizonte: -2,50%

• Fortaleza: -2,42%

Apenas Florianópolis (0,09%) e Belém (0,02%) apresentaram aumento no custo da cesta.

 Qual é o valor da cesta básica nas capitais?

Apesar da redução em diversas cidades, São Paulo segue com a cesta mais cara do país, custando R$ 896,15. Em seguida estão:

• Florianópolis: R$ 858,93
• Rio de Janeiro: R$ 847,99

Já os menores valores foram encontrados nas capitais do Norte e Nordeste:

• Aracaju: R$ 579,54
• Salvador: R$ 628,97

Salário mínimo ideal seria quase 5 vezes maior

Segundo o Dieese, com base na cesta mais cara do mês, o salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.528,56, ou seja, 4,96 vezes o valor do salário mínimo atual, que é de R$ 1.518,00.

Esse cálculo considera não apenas alimentação, mas também despesas com moradia, saúde, transporte, educação e lazer.

 Quanto tempo o trabalhador precisa para comprar a cesta?

Em maio, o trabalhador que recebe um salário mínimo precisou dedicar 107 horas e 43 minutos do seu tempo de trabalho para adquirir os produtos da cesta — tempo um pouco menor do que em abril (108 horas e 55 minutos).

Além disso, o comprometimento do salário mínimo líquido com a compra da cesta caiu de 53,52% para 52,93%, o que representa um leve respiro no orçamento do trabalhador.

 Quais alimentos ficaram mais baratos?

A queda nos preços em maio foi puxada por itens como:

• Arroz agulhinha: caiu em todas as capitais, com destaque para Vitória (-12,91%)
• Tomate: queda geral, com destaque para Belo Horizonte (-20,85%)
• Óleo de soja: também apresentou recuo na maioria das cidades

Segundo o Dieese, essa redução nos preços se deve à maior oferta dos alimentos, impulsionada pelas safras do período.

Dica para o consumidor: fique de olho nas variações regionais

Com as diferenças de preços entre capitais, vale comparar os valores antes de fazer grandes compras. Cidades do Norte e Nordeste seguem com custo de vida mais acessível nesse quesito.

Quer economizar ainda mais? Dê preferência a alimentos da safra do mês e compare preços entre supermercados físicos e apps de ofertas.