A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2018 trouxe dados que mostram que a população negra ainda tem menos acesso à saúde se comparada à população branca. Cada pele e cada cabelo devem contar com cuidados específicos, adaptados às suas características.
De acordo com a dermatologista Clessya Rocha, mesmo sendo biologicamente igual à pele branca, a pele negra tem textura oleosa no rosto e é um pouco mais ressecada nas outras partes do corpo.
Segundo a médica, estar atento a essas diferenças é fundamental para quem busca saúde e bem estar e no nosso país, devido a grande diversidade étnica, a população negra merece atenção especial.
Entre alguns cuidados especiais com esse tipo de pele, a dermatologista explicou que, no clima seco do cerrado de Brasília, a população negra pode sofrer mais que as pessoas brancas.
“Uma das recomendações é que os banhos sejam mais curtos para evitar a desidratação da pele. Também é importante usar produtos que reforcem essa hidratação, já que mesmo com a quantidade de glândulas iguais, a perda de água é maior em peles escuras”, disse.
Conforme a médica, os pacientes com fototipo mais alto têm uma proteção natural contra a radiação solar. “As pessoas negras apresentam uma maior presença de melanina na pele e fibras de colágeno mais densas. Uma outra característica é que, devido à maior quantidade de melanina, a pele negra mancha com mais facilidade”, explicou.