Setembro é considerado o mês de conscientização e alerta para a incidência do câncer colorretal, que atinge a área do intestino. Elencado como o terceiro tipo mais comum no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), as estimativas apontam que, por ano, quarenta mil novos casos sejam identificados.
Em Mato Grosso, de acordo com o cirurgião oncológico da Oncolog, Dr. Rafael Sodré, o prognóstico é de 150 a 180 casos para cada cem mil habitantes. O tumor, que surge no intestino grosso e reto, em 90% dos casos, tem origem a partir de um pólipo adenomatoso que, ao longo dos anos, passa por alterações progressivas em suas células.
“O câncer colorretal é silencioso. Por isso, a colonoscopia é o melhor método de rastreamento e vigilância. Quanto antes for realizado o diagnóstico, mais cedo é possível iniciar o tratamento e, dessa forma, maiores são as chances de cura para o paciente”, comenta o especialista.
Para diminuir as probabilidades, de acordo com o Dr. Rafael Sodré, é importante estar com as consultas médicas em dia e prestar atenção aos possíveis sinais de alerta. Entre eles, sangue ou alterações na forma física das fezes, dor ou desconforto abdominal, anemia, perda de peso sem causa aparente e na massa abdominal.
“A recomendação das sociedades de oncologia é que pessoas acima de 45 anos façam a colonoscopia, mesmo sem fatores de risco, pólipo (verruga) ou doença inflamatória. Se estiver tudo normal, pode repetir o exame dentro de cinco anos. Se identificar um pólipo, repetir anualmente”, pontua o cirurgião oncológico.
A grande problemática, alerta o especialista, é que tanto a doença, quanto o exame que a identifica, são considerados um tabu entre as pessoas. “O que precisa ser entendido é que quanto mais soubermos, conhecermos sobre os sintomas, mais chances temos de identificar de uma maneira precoce. E no câncer, isso salva vidas”, diz Sodré.
Ainda quanto a prevenção, o médico reforça que alguns hábitos saudáveis podem ser adotados no dia-a-dia, como evitar o tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas, praticar atividades físicas com regularidade, ter alimentação rica em fibras e livre de alimentos ultraprocessados e menor ingestão de carne vermelha.
“A doença tem cura e as chances estão inteiramente relacionadas à fase em que o tumor é diagnosticado, sendo que a probabilidade pode variar entre 10% e 95%”, reitera Sodré. Conforme dados do Radar do Câncer, 75% dos casos diagnosticados em 2021 foram em fases mais avançadas.
O portal Radar do Câncer apontou também que 78.97% das pessoas em Mato Grosso iniciaram o tratamento, em 2022, com idades acima de 50 anos. O estado também ocupa o 7º lugar no ranking em que a população busca o tratamento de maneira muitas vezes considerada tardia.
Perdendo apenas para os estados de Goiás, Espírito Santo, Rondônia, Acre, Alagoas e a cidade de Brasília (DF).
Estrutura
Muitas cidades não apresentam a infraestrutura necessária para atendimento dos pacientes oncológicos e por isso surge a necessidade de deslocamento até uma região em que a assistência seja mais eficiente. No caso do câncer colorretal, 54,96% dos pacientes de Mato Grosso fizeram procedimentos fora do seu município de residência.
Pensando nisso a OncoLog, clínica moderna e completa para prevenção e tratamento de câncer, prioriza um atendimento humanizado e possui unidades de atendimento na sua sede, que fica localizada no Santa Rosa Tower, e em unidades no Hospital do Câncer de Mato Grosso e no Santa Helena.
Além disso, podem ser encontradas unidades de infusão na Clínica Vida, em Várzea Grande, no Hospital das Clínicas de Primavera do Leste e no São Matheus, no município de Cáceres.