Piloto preso em Nova Mutum por transportar cocaína receberia R$ 100 mil de traficantes

Fonte: OLHAR DIRETO

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O piloto de avião, que foi preso no dia 1º de março, no município de Nova Mutum (distante 190km de Cuiabá), receberia R$ 100 mil pelo transporte de 514 quilos de cloridrato de cocaína da Bolívia até a área rural de Juscimeira.

O homem fazia a sua primeira viagem para o tráfico de drogas e foi detido pela Polícia Federal, com auxílio da Força Aérea Brasileira, Ciopaer, Polícia Civil e Força Aérea Brasileira.

Segundo o delegado titular da Polícia Federal de Cáceres, adair Gregório, o piloto era para ter sido preso nas imediações de Rondonópolis, mas a ação da Força Aérea chegou um pouco atrasada e ele só foi interceptado em Nova Mutum, ao fazer a aterrissagem.

A droga, o avião e mais um carro que dava suporte foram apreendidos e levados à Polícia Civil. A prisão do piloto deu um prejuízo de pouco mais de R$ 11 milhões ao cartel que abasteceria Mato Grosso e outros estados, já que eram meia tonelada de droga que foi retirada de circulação.

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“Ele ficou calado durante todo seu interrogatório e por isso não foi possível pegar mais detalhes. Ele seria preso no primeiro ato de descida, mas chegamos atrasados e só o prendemos em Nova Mutum. Ele receberia cerca de R$ 100 mil, que é o valor pago a quase todos os pilotos que fazem esse tipo de serviço. Ele talvez iria receber esse dinheiro depois, por isso não conseguimos apreender esse montante”, comentou o delegado.

Após essa prisão, o delegado comentou que houve trabalho conjunto entre Polícia Federal e Gefron que apreendeu mais um avião com droga no estado do Amazonas. O entorpecente teria passagem por Mato Grosso e chegou a ser investigado aqui, mas acabou sendo apreendido lá.

O piloto está preso na Penitenciária Masculina de Cáceres. Ele está respondendo processo por tráfico internacional de drogas e possivelmente também será enquadrado por associação ao crime internacional.

O piloto é genro do prefeito de Santo Antônio do Leste, Miguel José Brunetta (PR). Antes de ser preso, ele prestava serviços para uma empresa de Taxi Aéreo que atendia a Assembleia Legislativa. Em uma das viagens, com o deputado Valdir Barranco e Ságuas Moraes, ex-deputado federal, o homem teve que fazer um pouso forçado devido problemas mecânicos com a aeronave. Por esse ato, ele recebeu uma moção de aplausos.