Atletas do Nós Podemos Nadar trazem ouro do Centro-Oeste de Clubes

Competição reuniu 302 atletas de três estados e da Capital Federal e teve 134 recordes em 224 provas

Fonte: Ascom Prefeitura/Neri Malheiros

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(Foto: Ascom Prefeitura/Daniela Meinerz)

Formada por 32 atletas das categorias infantil, juvenil, júnior e sênior, a equipe do Projeto Nós Podemos Nadar, de Lucas do Rio Verde, conquistou duas medalhas de ouro, três medalhas de prata e três medalhas de bronze em séries individuais e duas medalhas de bronze em séries de revezamento no Torneio Centro-Oeste de Clubes, realizado de 25 a 27 de setembro na piscina do Rádio Clube Cidade, em Campo Grande/MS.

A competição teve um total de 134 recordes nas 224 provas disputadas por 302 atletas de 22 equipes dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

Segundo a professora de natação do Projeto Nós Podemos Nadar, Andréia Cossulin, que, junto com o professor Robson Kenji Yanagu, coordenou o conjunto de atletas, a classificação em quinto lugar na categoria juvenil com a participação de menos de 10 competidores foi um resultado que também merece ser comemorado. “Tivemos um contratempo na ida e eles tiveram que pontuar muito bem para alcançar este quinto lugar”, avalia.

Na opinião da professora, qualquer que seja o resultado, participar de uma competição de alto nível tem uma importância enorme para o aprendizado de cada componente da equipe. “A meu ver, nossa participação foi sensacional. Atingimos todos os nossos objetivos, o nosso planejamento, tudo o que nós esperávamos em índice e tempo dos alunos nós alcançamos. É uma disputa de nível nacional em que eles puderam competir lado a lado com alguns campeões brasileiros e isso não tem preço para o crescimento de um atleta”, frisa.

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Um acidente na estrada durante a viagem atrasou a chegada a Campo Grande e o contratempo atrapalhou o descanso dos atletas antes da participação na etapa inicial da competição. “O nosso planejamento era chegar lá de manhã, tendo todo período matinal para descansar porque tínhamos crianças que fariam nados longos, exaustivos, e o atraso prejudicou bastante porque muitos dos nossos nados principais eram nessa primeira etapa”, explica.

Os resultados abaixo do esperado nessa fase foram logo esquecidos e, no dia seguinte, após a noite de descanso, conseguiram reverter o quadro desfavorável e alcançar performances bem melhores que garantiram vários pódios.

Um deles, o mais alto, foi alcançado pela atleta Ludmila Sotier Wolff, de 16 anos, integrante do Projeto Nós Podemos Nadar desde criança e que já participou de competições nacionais e até de âmbito internacional. “Fui medalhista de ouro nos 400 metros do nado medley e segunda colocada nos 200 metros do nado de peito. Foi muito bom, porque a gente treina bastante, bem pesado, para chegar lá e mostrar do que a gente é capaz”, resume.

Da mesma forma, a atleta Thais Blass, de 14 anos, que conquistou medalha de ouro nos 200 metros nado borboleta e foi medalhista de prata nos 200 metros nado medley. “Foi uma competição muito difícil, de alto nível e com muitas meninas que nadam bem. Eu esperava no máximo baixar meus tempos, que sempre é o mais difícil quando se tem concorrentes muito fortes. Mas treinamos bastante e as medalhas foram só consequência disso”, destaca.

A professora disse que o fato de dois atletas terem participado de uma série com um atleta profissional do Flamengo, convidado pelos organizadores, também teve um significado enorme para o aprendizado de ambos. “Nessa viagem eles tiveram oportunidade de conversar com alguns competidores que treinam oito horas por dia, fazem academia, têm fisioterapia e acompanhamento nutricional, ou seja, uma estrutura que estamos longe ainda de ter para competir de igual para igual. Mesmo assim, ficamos muito felizes por poder fazer pódio com alguns deles”, conta.

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