Matogrossense está entre as vítimas de rompimento de barragem em Brumadinho

Fonte: Wesley Santiago-OD

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João Paulo Pizzoni Valadares Mattar, de 36 anos, é uma das pessoas desaparecidas após a tragédia causada pelo rompimento da barragem de rejeitos de minério da Vale, em Brumadinho (MG), ocorrida no dia 25 de janeiro deste ano. A esposa dele, Rosilene Ozório Mattar, de 48 anos, é uma das 134 pessoas mortas (número oficial divulgado até o momento).

Quando a barragem se rompeu, João Paulo e Rosilene estavam na Vale, onde se conheceram e acabaram se casando. Apesar de estarem na mesma empresa, os dois atuavam em setores diferentes no momento da tragédia.

O corpo de Rosilene já foi encontrado pelas equipes de buscas e identificado. Porém, o cuiabano continua desaparecido. O nome dele consta da lista oficial de desaparecidos.

João Paulo e Rosilene moravam em Brumadinho e não tinham filhos. Ele era de Cuiabá e ela mineira. A informação foi repassada pela professora Rosimeire Aparecida Ozório de Oliveira, de 53 anos, em entrevista ao Estado de Minas, onde ela conta com tristeza que enterrou a irmã caçula. “Além de irmã, era minha companheira, uma pessoa muito religiosa”, conta.

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A afilhada Amanda, de 25 anos, não conseguiu conter o choro ao lembrar com emoção da madrinha. “Era muito querida por todos, não só pelos familiares”.

Em seu Facebook, João Paulo colocou Belo Horizonte como local de nascimento. Porém, ele morou em Cuiabá durante vários anos.

Buscas

O 12º dia de buscas começou por volta das 6h50 (horário local) desta terça-feira. Nas primeiras horas, os primeiros corpos ou restos mortais resgatados na lama chegaram de helicóptero.

Os trabalhos nesta terça são feitos em 22 pontos diferentes e contam com a ajuda de dez helicópteros e equipes de militares a pé, de barco, escavadeiras e máquinas anfíbias. Três equipes são reforçadas por militares da Força Nacional de Segurança e também continua presença de militares de outros estados.

Apesar do tempo firme que favorece as buscas, há previsão de chuva na parte da tarde.

Está previsto um sepultamento ao meio dia no cemitério do Córrego do Feijão. Por causa do enterro, a família pediu que a movimentação dos helicópteros fossem paralisadas das 11h30 até o fim da homenagem.