Secretário diz que governo de MT tem dificuldade financeira para honrar com a folha de pagamento de novembro

Ciro Rodolpho Gonçalves afirmou em reunião com servidores que governo federal ainda não repassou dinheiro do FEX, agravando a crise financeira do estado.

Fonte: G1 MT

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Foto: Fórum Sindical de MT/ Divulgação

Em reunião com representantes do Fórum Sindical e do governo do estado, nesta sexta-feira (7), no Palácio Paiaguás, o secretário-chefe da Casa Civil, Ciro Rodolpho Gonçalves, disse aos servidores que o governo está com dificuldades financeiras neste mês para honrar com a folha de pagamento.

A reunião foi marcada para discutir o possível escalonamento dos salários dos servidores públicos. De acordo com o coordenador do Fórum Sindical, Oscarlino Alves, o possível parcelamento dos salários ainda não ficou definido e outra reunião foi agendada para segunda-feira (10).

“Viemos cobrar para que seja pago até o dia 10. É inadmissível não pagar nesta data. Queremos receber o salário de forma integral e dentro do expediente bancário”, ressaltou.

Segundo Oscarlino, o secretário disse que dezembro é um mês atípico, pois tem o pagamento do 13° salário, residual e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

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Além disso, o governo afirmou que ainda não recebeu a parcela do Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações – compensação feita por conta da Lei Kandir, que desonera o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre exportações de produtos primários e semielaborados –, que estava previsto no orçamento.

RGA

Outro ponto discutido na reunião foi o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA). A primeira parcela deveria ter sido paga em outubro e a segunda vence este mês, mas não há previsão para o cumprimento do acordo.

De acordo com Oscarlino, Ciro Rodolpho disse durante a reunião que o pagamento depende da análise no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

“Enquanto dirigentes sindicais, é lamentável. Isso contraria a constituição do estado que preconiza que a questão salarial tem que ser tratada de forma isonômica e isso está sendo desprezado. É uma lei que está sendo descumprida”, pontuou.