Entidades que representam o transporte público em São Paulo exigiram ações concretas das autoridades para conter os ataques a ônibus e garantir a segurança de passageiros e funcionários. Em carta enviada nesta terça-feira (1º) à Prefeitura e ao governo estadual, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) relatou o clima de medo gerado pelos recentes casos de vandalismo.
O sindicato destacou que as investidas ocorreram nas últimas semanas, sem qualquer explicação ou motivação oficial até o momento. Pediu reforço no policiamento em pontos críticos como paradas, corredores e terminais, além de solicitar uma reunião com representantes da Secretaria Municipal de Segurança Pública e da Secretaria da Segurança Pública estadual.
Em nota com teor similar, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do ABC também cobrou providências imediatas para identificar e responsabilizar os autores. A entidade classificou os ataques como atos inaceitáveis que ferem o direito de ir e vir da população que depende do transporte público para suas atividades diárias.
Dados da prefeitura indicam que entre 12 e 30 de junho, 179 ônibus municipais foram depredados. A SPTrans orientou as concessionárias a comunicarem casos imediatamente à Central de Operações e a registrarem boletins de ocorrência na Polícia Civil.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, parte do efetivo foi reforçada em regiões específicas. A 6ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio coordena as apurações, com apoio da Divisão de Crimes Cibernéticos para monitorar atividades suspeitas online. O Centro Integrado de Comando e Controle também planeja reuniões com empresas de transporte para definir estratégias de enfrentamento.
