De acordo com o documento, das 79,5 milhões de pessoas deslocadas forçadamente, 45,7 milhões tiveram que fugir para regiões dentro de seus próprios países, 29,6 milhões estavam reconhecidas como refugiadas fora do país de origem e 4,2 milhões aguardavam o resultado de pedidos de reconhecimento da condição de refúgio. Segundo a Acnur, o número de crianças deslocadas é de 30 a 34 milhões, equiparável à populações da Austrália, Dinamarca e Mongólia juntas.
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De acordo com a agência da ONU, o forte aumento no número de deslocados (de 41 milhões em 2010 para 79,5 no final de 2019, um aumento de 93,9%) está relacionado principalmente aos deslocamentos que ocorreram em 2019, particularmente na República Democrática do Congo, na região do Sahel, no Iêmen e na Síria – que entrou em seu décimo ano de conflito e contabiliza, sozinha, 13,2 milhões de pessoas refugiadas, solicitantes da condição de refugiado ou pessoas deslocadas internamente, totalizando um sexto dos deslocados no mundo.
A Acnur destaca ainda a situação dos venezuelanos fora do país, “muitos dos quais não estão legalmente registrados como refugiados ou solicitantes de refúgio, mas para quem são necessários sensíveis arranjos que assegurem sua proteção”.
De acordo com a agência da ONU, 80% das pessoas deslocadas forçadamente no mundo estão em países ou territórios afetados por grave insegurança alimentar e desnutrição. Mais de três quartos dos refugiados do mundo (77%) estão em situações de deslocamento de longo prazo como, por exemplo, no Afeganistão, na quinta década de conflito. A Acnur ressalta também que cerca de 85% dos refugiados estão em países em desenvolvimento, geralmente em um país vizinho ao de onde fugiram.
O relatório ainda mostra que cinco países contabilizam dois terços das pessoas deslocadas forçadamente, além das fronteiras nacionais: Síria, Venezuela, Afeganistão, Sudão do Sul e Mianmar.
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