O Museu Nacional, no Rio de Janeiro, reabre parcialmente ao público nesta quarta-feira, sete anos após o incêndio que destruiu boa parte de seu acervo em 2018. A exposição temporária “Entre Gigantes: uma Experiência no Museu Nacional” ocupará três salas do palácio histórico até 31 de agosto.
Entre os destaques está o meteorito Bendegó, peça centenária que resistiu ao fogo e se tornou símbolo da instituição. Uma das salas apresenta a trajetória do museu e os trabalhos de reconstrução, com detalhes da arquitetura original e duas esculturas de mármore de Carrara também salvas do incêndio.
O pátio da escadaria principal exibe um esqueleto de baleia cachalote com quase 16 metros, o maior em exibição na América do Sul, suspenso no teto. O público poderá sugerir nomes para o novo exemplar.
Segundo a vice-diretora Andréa Costa, a reabertura representa a soma dos esforços de toda a equipe, que trabalhou intensamente para recuperar o museu e retomar as atividades.
As obras de restauração continuam. Já foram concluídas 75% das fachadas e 80% dos telhados, respeitando o projeto original do antigo palácio imperial. A reforma inclui a ampliação do anexo, reforço estrutural, consolidação das alvenarias e sistemas de captação de águas pluviais e proteção contra raios.
Com orçamento previsto de R$ 516,8 milhões, R$ 347,2 milhões já foram captados de fontes públicas e privadas, incluindo R$ 100 milhões do BNDES. O ministro da Educação, Camilo Santana, garantiu que o governo reunirá os quase R$ 170 milhões restantes, citando negociações com bancos públicos e empresas como a Petrobras.
O reitor da UFRJ, Roberto Medronho, ressaltou a importância científica do Museu Nacional como centro de formação de pesquisadores de renome nacional e internacional.