Cineastas indígenas de nove etnias participam da Mostra de Cinema Indígena, que acontece no dia 13 de julho na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em São Paulo. O evento gratuito ocorre das 11h às 21h30 e exige inscrição prévia pelo site oficial.
Promovida pelo São Paulo Audiovisual Hub — iniciativa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado — a mostra contará com obras de realizadores Guarani, Kuikuro, Huni Kuin, Yanomami, Munduruku, Tukano, Tupinambá, Ikpeng e Guajajara. A curadoria é assinada por Carolina Caffé, Kerexu Martim Guarani e Edivan Guajajara.
Entre os destaques da programação estão produções como “Mãri hi – A Árvore do Sonho”, de Morzaniel Ɨramari (Yanomami), “Minha Câmera é Minha Flecha”, de Natália Tupi e Guilherme Fascina (Guarani e Tupinambá), e “Somos Raízes: Guardiões da Floresta”, de Edivan Guajajara. As sessões serão seguidas por debates com realizadores e lideranças indígenas.
A mostra também exibirá “A Febre da Mata”, de Takumã Kuikuro (Kuikuro), “Thuë pihi kuuwi: Uma Mulher Pensando” (Yanomami), e “Aguyjevete avaxi’i”, de Kerexu Mirim (Guarani). As produções abordam desde rituais e espiritualidade até resistência cultural e práticas agrícolas tradicionais.
Entre as produções da tarde e noite estão “Rami Rami Kirani” (Huni Kuin), “Nhemongaraí – Ontem, Hoje e Amanhã” (Guarani e Tupinambá), “Wehse Darase – Trabalho da Roça” (Tukano), “Yarang Mamin” (Ikpeng), e “Mundurukuyü – A Floresta Das Mulheres Peixe” (Munduruku). Os filmes revelam temas como a preservação ambiental, a força das mulheres indígenas e a valorização dos saberes ancestrais.
Com uma programação ampla e plural, a Mostra de Cinema Indígena evidencia a potência do audiovisual como ferramenta de afirmação cultural e política dos povos originários.
