O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira (9) manter a prisão preventiva do general do Exército Mário Fernandes, um dos acusados no processo relacionado à tentativa de golpe contra as instituições democráticas. O militar está detido desde novembro de 2023.
Segundo Moraes, a permanência do general sob custódia é crucial para assegurar o bom andamento da investigação criminal e proteger a ordem pública. A decisão cita que não há elementos novos que justifiquem a revogação da prisão.
Mário Fernandes ocupou o cargo de secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Jair Bolsonaro. De acordo com a Polícia Federal, ele é apontado como o autor de um documento intitulado Punhal Verde e Amarelo, que detalharia um plano para sequestrar ou assassinar figuras-chave do governo, como o próprio Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
A investigação também revela que Fernandes teria declarado, em um áudio enviado ao ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que Bolsonaro autorizou a articulação golpista até 31 de dezembro de 2022. No conteúdo da gravação, Fernandes relata que o ex-presidente sinalizou apoio à operação até o fim de seu mandato.
A defesa do general nega as acusações e argumenta que o suposto plano não foi compartilhado com qualquer autoridade ou indivíduo.