Militares dos EUA vão ao Afeganistão retirar funcionários da embaixada americana em Cabul, em meio ao avanço do Talibã

Fonte: G1

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Foto: Gulabuddin Amiri/AP Photo

Os Estados Unidos vão enviar ao Afeganistão um grupo de militares que vai ajudar na retirada de parte dos funcionários da Embaixada dos EUA em Cabul, capital afegã, em meio ao avanço do Talibã, informaram fontes oficiais a agências de notícias nesta quinta-feira (12).

Esses militares vão fornecer apoio terrestre e aéreo aos funcionários durante o trajeto até o aeroporto de Cabul.

A iniciativa demonstra falta de confiança por parte da Casa Branca na capacidade do governo afegão em dar segurança diplomática suficiente na capital do Afeganistão — país que teve duas das três maiores cidades já tomadas pelo grupo extremista islâmico Talibã.

O governo dos EUA anunciou meses atrás a retirada completa dos soldados americanos no Afeganistão até 11 de setembro — marco de 20 anos do atentado terrorista que marcou o início do século. Porém, cerca de 650 militares ainda estão no país para dar segurança ao corpo diplomático americano em Cabul.

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Talibã se aproxima de Cabul

O Talibã tomou a cidade de Ghazni, que é considerada estratégica para lutar para tentar dominar Cabul, capital do Afeganistão, nesta quinta-feira (12).

Agora, o Talibã está a cerca de 150 quilômetros de Cabul. Foi a décima capital regional que o grupo insurgente tomou em pouco mais de uma semana. Grandes cidades como Herat e Kandahar já estão sob controle dos extremistas.

A rapidez do avanço do grupo fez com que moradores passassem a culpar os Estados Unidos, que decidiram retirar seus soldados do país.

As estradas de acesso a Cabul estão cheias de pessoas que fogem da violência em outras regiões do país, e pode ser que haja combatentes talibãs misturados.

Ainda há alguns soldados da missão liderada pelos EUA no país, mas eles devem deixar o Afeganistão até o fim do mês.

 

O Talibã já controla cerca de dois terços do território. Segundo a agência Reuters, há análises de serviços de inteligência dos EUA que estimam que o grupo pode tomar a capital em cerca de 90 dias.