Lucas do Rio Verde: Sindicato Rural estima quebra de pelo menos 20% da safra de soja

Chuvas trouxeram prejuízos aos produtores rurais da região norte

Fonte: Da Redação

Mato Grosso impulsiona recorde agropecuário brasileiro2021 01 26 09:55:33
Foto por: Christiano Antonucci - Secom MT

O excesso de chuvas nos últimos dias de fevereiro e primeiros dias de março trouxe prejuízos a produtores rurais mato-grossenses. Em algumas cidades, o índice de chuvas causou maior estrago, levando os municípios a decretarem estado de emergência.

Em Lucas do Rio Verde não deverá haver publicação de decreto neste momento. Pelo menos é o que prevê o Sindicato Rural do município. O presidente, Antônio Lira, explicou à reportagem do CenárioMT que grande parte da produção de soja foi colhida durante os períodos de estiagem. Isso não impediu, contudo, que uma pequena parte ainda não tenha sido colhida.

“Nós tivemos um pouco mais de sorte do período de colheita não ter sido afetado por essas chuvas mais fortes, inclusive, que prejudicou muito as lavouras”, pontuou.

Segundo Lira, a chuvarada prejudicou, não só a colheita de soja, mas também lavouras de milho que haviam sido plantadas aproveitando a janela de plantio considerada ideal, na última semana de fevereiro.

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“O milho não aguente muita agua ‘no pé’. Se ficar inundado o solo, a planta perece. Perde qualidade, perde tudo”, disse.

Chuvas

A irregularidade das chuvas nos períodos de plantio e colheita de soja trouxe uma preocupação a mais aos produtores. Lira observa que o plantio foi atrasado em pelo menos 30 dias, porque faltou chuva. Os produtores reclamam que faltou chuva com regularidade para que as plantas se desenvolvessem conforme o esperado. “E prejudicou a produção. E agora, pra trazer mais problemas, vem chuva em excesso na colheita, pra perder mais soja”, lamenta.

O sindicato acredita que essas intercorrências poderão significar quebra de até 20% na produtividade.

Preços

Os produtores que preferiram vender o produto no mercado futuro, com preços médios de R$ 75 a saca, viram o preço saltar para até R$ 150. “A maioria vendeu soja naquela época”, comentou Lira. “Agora temos que cumprir os contratos. Estamos vendo soja a R$ 150 e entregando a soja a R$ 75. Poderíamos estar bem mais capitalizados, mas infelizmente não deu certo, porque tínhamos vendido antes”, destacou.

É formado em Jornalismo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre política, economia e esporte regional.