Um homem de 55 anos morreu após testar positivo para a variante brasileira do coronavírus no RJ. O óbito foi confirmado nesta terça-feira (17), em coletiva conjunta dos secretários de Saúde Carlos Alberto Chaves (do estado) e Daniel Soranz (do município).
A vítima é de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. A Secretaria Estadual de Saúde vai investigar o quadro clínico para saber que impactos a mutação teve no organismo do paciente.
--Continua depois da publicidade--
Também nesta terça, o estado confirmou que foi detectada a variante do Reino Unido no RJ. É a quinta pessoa no estado com variante da Covid-19.
O estado tem cinco casos, de duas variantes.
P1, a variante brasileira:
- Homem de 55 anos, de Belford Roxo — morte;
- Homem de 46 anos, de Manaus;
- Homem de 40 anos, do Rio;
- Homem de 30 anos, do Rio.
--Continua depois da publicidade--
VOC 202012/01, a variante do Reino Unido:
- Mulher de 36 anos, do Rio.
O coronavírus que mutou no Brasil, catalogado como P1, foi identificado primeiro em Manaus. Segundo especialistas, é mais transmissível, embora não se tenha confirmação de que seja mais letal.
Segundo o governo federal, até a última segunda-feira (15) foram confirmados 170 casos da nova variante em dez estados, entre eles o Rio.
Os pacientes detectados com a nova cepa da doença foram identificados no Hospital de Laranjeiras, na Zona Sul, e no Hospital do Andaraí, na Zona Norte.
Ambos negaram a possibilidade de antecipar a segunda dose da vacina contra a Covid-19.
“Não anteciparemos a segunda dose a não ser que o Ministério da Saúde tenha alguma orientação”, disse Soranz. “[Seria] Totalmente contrário ao Programa Nacional de Imunização (PNI)”, pontuou Chaves.
Questionado se está faltando coordenação de informações com o Ministério da Saúde, Chaves respondeu: “Acho que está.”
Sem informação de origem
Segundo um laudo da Fiocruz, não há confirmação se a transmissão da mutação brasileira ocorreu em solo fluminense ou se essa amostra é de alguém que pegou a variante em outro lugar e ficou doente no RJ.
“Nós temos diferentes desfechos clínicos relacionados a essa variante, tanto casos brandos quanto casos graves. Não temos dados estatísticos que podemos definir como uma variante mais letal”, explicou a infectologista Paola Resende.
Segundo a fundação, apenas uma investigação epidemiológica vai apontar a origem do vírus — a cargo das secretarias de Saúde e do Ministério da Saúde.
- Insumos para 12 milhões de doses de vacina devem chegar ao Brasil
- Unesp suspende segunda fase do vestibular por causa da covid-19
- Medidas restritivas para combater a covid-19 começam hoje em Salvador
- Senadores querem ouvir Cade sobre suposto cartel de combustíveis
- Acordo para retomada do transporte aéreo em três aeroportos do Amazonas