Um homem de 69 anos, morreu no Hospital Caridade de Alecrim, no Rio Grande do Sul, dois dias após ter feito quatro sessões de nebulização de hidroxicloroquina diluída. Segundo o portal Gaúcha ZH, o tratamento, sem eficácia comprovada e considerado experimental por não constar nos protocolos do Ministério da Saúde contra a Covid-19, foi prescrito pelo médico.
“O que pretendemos é buscar justiça para tudo o que ocorreu com o meu pai no período da internação, para que outras pessoas não passem por tratamentos experimentais. Não teríamos autorizado, sobretudo por sabermos que essa conduta médica não tem base legal”, diz a filha Eliziane Pereira, de 32 anos.
O homem costumava ir de sua residência, na divisa da cidade de Alecrim, de bicicleta até a área central da cidade. No último dia 19, ele não conseguiu terminar o trajeto por sentir falta de ar.
O idoso comunicou a situação à filha Eliziane, que mora em Porto Alegre. Ela chamou uma ambulância, que levou o homem ao hospital.
Hidroxicloroquina diluída
A hidroxicloroquina, remédio também sem uso comprovado para tratamento da Covid-19, deve ser ingerida pela via oral, mas alguns médicos passaram a aplicar a técnica experimental em pacientes de Covid-19. Profissionais críticos da prescrição alertam para os riscos de a inalação do fármaco causar efeitos adversos, como taquicardia.
A família do paciente diz não ter sido consultada sobre as nebulizações e afirma que não emitiu nenhuma autorização.
Eles fizeram uma denúncia ao Ministério Público requerendo a investigação do caso alegando que a medicação contribuiu para a piora do quadro de saúde da vítima.
Outras mortes
Não é a primeira vez que pacientes com Covid-19 morrem após terem recebido a hidroxicloroquina diluída em soro. No último dia 24, três pessoas faleceram no Hospital Nossa Senhora Aparecida, em Camaquã, também no Rio Grande do Sul.
Nesses casos, o quadro clínico das vítimas variava entre estável e grave, e evoluíram para óbito rapidamente após o início dos tratamentos experimentais ministrados pela médica.
A médica foi demitida após as mortes, pois adotou uma técnica não prevista em protocolos de saúde e, além disso, teria colocado em risco a vida de outros pacientes por ter feito a nebulização em ambiente aberto.
Retratação
Na tarde de ontem (05) o portal erroneamente publicou o nome de uma das vítimas da Covid-19. Na manhã de hoje (06), o vereador e ex-prefeito de Dom Feliciano (RS) Dalvi Soares de Freitas entrou em contato com a redação do CenárioMT para relatar que havia um erro, onde o mesmo disse:” estou vivo, fazendo fisioterapia e me recuperando. Inclusive, já voltei ao trabalho”.
Reiteramos que sempre prezamos pela verdade, sem olharmos credo, cor ou classe social. Desta forma pedimos desculpas aos familiares e amigos.
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