Cabos submarinos no Mar Vermelho foram cortados neste domingo (7), causando interrupções significativas na internet em partes da Ásia e do Oriente Médio, segundo especialistas. Até o momento, não há confirmação sobre a causa do incidente.
A Microsoft alertou que o Oriente Médio pode enfrentar maior latência devido aos danos nos cabos submarinos, mas ressaltou que o tráfego que não passa pela região não foi afetado.
A NetBlocks, empresa que monitora a conectividade global, indicou que os cabos SMW4 e IMEWE próximos a Jidá, na Arábia Saudita, foram os principais afetados, impactando países como Índia e Paquistão.
O SMW4, operado pela Tata Communications, liga o Sudeste Asiático, Oriente Médio e Europa Ocidental, enquanto o IMEWE, liderado pela Alcatel-Lucent, conecta Índia, Oriente Médio e Europa Ocidental.
Nos Emirados Árabes Unidos, usuários das redes Du e Etisalat relataram conexão mais lenta durante o incidente.
Contexto geopolítico
O corte ocorre em meio a uma escalada de ataques dos rebeldes Houthis do Iémen contra Israel, em retaliação à ofensiva israelense contra o Hamas na Faixa de Gaza. Israel respondeu com ataques aéreos, incluindo ações que eliminaram líderes do movimento rebelde.
Em 2024, o governo internacionalmente reconhecido do Iémen havia alegado planos dos Houthis para atingir cabos submarinos, embora o grupo negasse a responsabilidade pelos cortes recentes. O canal al-Masirah, ligado aos Houthis, reconheceu os cortes sem comentar sobre o motivo.
Entre 2023 e 2024, os Houthis atacaram mais de 100 navios, causando naufrágios e mortes de marinheiros, enquanto também sofreram ataques aéreos dos EUA e declararam cessar-fogos temporários. As negociações sobre o programa nuclear do Irã permanecem em pauta, após ofensivas israelenses e bombardeios americanos em instalações iranianas.


















