Apontado como um exemplo mundial na condução de seu sistema educacional durante a pandemia de Covid-19, o Uruguai conseguiu fazer com que após apenas três meses fechadas, todas suas escolas voltassem a oferecer aulas presenciais a todos os alunos, ainda que parcialmente e em esquema de rodízio.
O país vizinho é muito menor que o Brasil (sua população, de 3,4 milhões, é comparável à do Rio Grande do Norte). Mas, enquanto os brasileiros iniciaram seu retorno gradual ao ensino presencial em fevereiro de 2021, após quase 11 meses de fechamento, os uruguaios retomaram as aulas presenciais em junho de 2020, em um mundo ainda longe de alcançar a vacina, sem que isso provocasse um aumento no número de contágios e sem colocar em risco estudantes, professores e funcionários. E em um cenário que envolve 82% de alunos matriculados em escolas públicas.
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Veja abaixo fatores que viabilizaram a rápida reabertura de escolas no Uruguai:
- resposta eficiente à pandemia no país desde o primeiro caso
- população respeita uso obrigatório de máscaras e distanciamento social
- alto índice de testagem para coronavírus (leia abaixo)
- plano que cede computadores com internet gratuita a todos os estudantes
- escolas continuaram fornecendo alimentação a alunos carentes, mesmo sem aulas presenciais
- manutenção de vínculos entre escolas e alunos no período de fechamento
- rigoroso cumprimento de protocolos sanitários (leia abaixo)
- testagem de professores e funcionários antes do retorno ao trabalho
- professores com comorbidades não voltaram às aulas presenciais
- escala de retorno gradual, em sistema de rodízio e voluntário para os alunos
- inclusão de professores no primeiro grupo de pessoas a serem vacinadas no país