Belém, oficialmente nomeada em 1616 e anteriormente conhecida como Mairi, será sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) de 10 a 21 de novembro. O território, ancestralmente habitado pelos Tupinambás, guarda conhecimentos valiosos sobre sustentabilidade e manejo da natureza.
Segundo o historiador Michel Pinho, a ocupação da região amazônica é intensa há cerca de 11 mil anos. Pesquisadores, como o arqueólogo Marcos Magalhães, do Museu Emílio Goeldi, confirmam a presença histórica de grandes grupos ao longo dos rios e igarapés.
Mairi, território ancestral dos Tupinambás, detinha segredos sobre o cultivo de mandioca, açaí e outras culturas essenciais. O desenvolvimento social e tecnológico dos Tupinambás era comparável a civilizações antigas como maias, incas e egípcios, segundo Pinho.
Estudos arqueológicos indicam que grupos tupinambás podiam superar mil pessoas em áreas de cerca de 2,5 hectares, aproveitando a localização estratégica entre o Rio Guamá e a Baía do Guajará.
Com a chegada de colonizadores, os Tupinambás resistiram até que franceses e portugueses disputaram o território, culminando na fundação do Forte do Presépio por Francisco Caldeira Castelo Branco, que renomeou a cidade de Nossa Senhora de Belém do Grão Pará.
Apesar da colonização, a herança Tupinambá permanece viva nos costumes, cultivo de alimentos e na língua tupi, ainda presente em ruas, cidades vizinhas e palavras do cotidiano.
Durante a COP30, líderes mundiais terão contato com essa história, aprendendo com práticas sustentáveis que coexistem com a natureza há milhares de anos. O historiador Michel Pinho oferecerá uma aula aberta gratuita sobre a cidade, percorrendo marcos históricos e culturais, incluindo o Forte do Presépio, Mercado Ver-o-Peso, Convento das Mercês e Museu das Amazônias.
Serviço:
Aula Belém na COP30: passado, presente e futuro
Quando: 16 de novembro, às 8h15
Onde: saída do Forte do Presépio

















