Após morte de professora por Covid, trabalhadores da Educação fazem ato na Câmara pedindo vacinação para toda a categoria

Fonte: G1 SP

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Foto: Divulgação/Sindsep

O Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep) realizou nesta segunda-feira (7) um ato em frente à Câmara Municipal de São Paulo contra a morte de mais uma professora da rede municipal da cidade pela Covid-19 e a favor da vacinação geral da categoria.

Segundo o sindicato, Gisneide Tavares, de 43 anos, faleceu em 2 de junho e não havia tomado nenhuma dose da vacina contra a doença. Ela era professora de Artes na EMEF Deputado Rogê Ferreira e da E.E. Prof. Candido Gonçalves Gomide.

“Ela era alegre, gostava da vida, estava feliz com o casamento com Alessandro Ataide e amava seus alunos. Iria completar 44 anos, ao que se sabe não havia recebido nenhuma dose ainda da vacina, mas estava trabalhando presencialmente. Em 2 de junho de 2021 os planos foram interrompidos. Gisneide faleceu em decorrência da Covid-19”, disse um comunicado da entidade.

O Sindsep afirmou que, por causa da morte da professora, os alunos e ex-alunos da EMEF Rogê Ferreira fizeram homenagem à professora na porta da escola.

“Com botões de flores, os adolescentes mascarados estamparam um cartaz preto com letras garrafais ‘luto’, a foto de Gisneide e um girassol. No quadro da sala em que dava aula, mensagens reforçam a tristeza da perda de alguém ‘iluminada’ e de coração maravilhoso”, nas palavras de colegas e familiares”, afirmou o sindicato.

No ato na frente da Câmara Municipal, os professores e funcionários da educação ligados ao Sindsep exibiam placar e cartazes pedindo vacina para toda a categoria e “volta às aulas presenciais com segurança”.

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“Quantos mais terão que morrer? Essa é a pergunta em tom indignado repetida pelos colegas de Gisneide e de tantos outros trabalhadores/as que se foram cedo demais. Resultado da “política tucana” onde ‘professores não têm valor’”, afirmou a nota do Sindsep nas redes sociais.

“O Sindsep se solidariza com familiares, alunos e amigos, e reafirma que seguirá transformando o luto em luta até que sejam conquistadas as garantias para que os trabalhadores/as da Educação possam ter condições seguras de trabalho para a retomada das atividades nas escolas. É preciso que o governo garanta vacinação para todos já, testagem em massa, auxílio emergencial decente e condições para o ensino remoto até que a pandemia esteja sob controle”, declarou a entidade.