Veja como é feita a extração de peçonha da cobra jararacuçu

Fonte: CenarioMT

A jararacuçu é uma víbora venenosa
Foto: reprodução.

Veja como é feita a extração de peçonha da cobra jararacuçu, uma das serpentes mais venenosas do Brasil.

O vídeo da extração da peçonha da jararacuçu está entre os destaques do canal do Biólogo Henrique – O Biólogo das Cobras – no YouTube, com mais de 409 mil inscritos.

A extração foi realizada no Instituto Vital Brazil, por profissionais gabaritados para tal ação.

Acompanhe o vídeo e as explicações do Biólogo Henrique:

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YouTube video

PEÇONHA QUE PODE SALVAR

Pesquisadores de universidades paulistas identificaram uma proteína presente na peçonha ou seja, no veneno da cobra jararacuçu que pode ajudar no tratamento da covid-19. O peptídeo identificado, ou seja, uma parte da proteína, inibiu 75% da capacidade do vírus de se replicar em células de macaco. O estudo da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), em Araraquara (SP), foi publicado na revista científica Molecules, em 12 de agosto de 2021.ebcebc

O professor do Instituto de Química Eduardo Maffud, um dos responsáveis pelo estudo, explica que o grupo de pesquisa já havia identificado toxinas no veneno da jararacuçu que tinham atividade antibacteriana. “Com o avanço da covid, a gente posicionou vários dos nossos peptídeos para ver se eles apresentavam atividade contra o SARS-CoV-2. Felizmente a gente obteve esse resultado interessante”, disse o pesquisador.

De acordo com o pesquisador, um possível remédio com o composto descoberto, ao desacelerar a replicação do vírus da covid-19, daria mais tempo para o organismo agir e criar os anticorpos necessários para resistir à doença. “Isso ainda está em andamento, precisaria de estudos adicionais, mas a gente viu que esse peptídeo impede a replicação ou a multiplicação das partículas virais”, acrescenta Maffud.

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O Biólogo Jackson Preuss, deparou-se com uma Jararacuçu. Foto: arquivo pessoal.

Os pesquisadores vão avaliar também a eficiência de diferentes dosagens da molécula, e se ela pode exercer funções de proteção na célula, o que poderia evitar, inclusive, a invasão do vírus no organismo.

Segundo Maffud, os estudos vão seguir com a identificação de outros alvos em que esse peptídeo pode agir e no melhoramento da atividade dessa molécula para, então, serem feitos testes in vivo em cobaias, como camundongos. “Se o resultado for positivo, vamos desenvolver um tratamento.”

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Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre a região norte de Mato Grosso.