Durante audiência pública conjunta entre a Assembleia Legislativa e o Senado Federal, o deputado estadual Wilson Santos (PSD) chamou atenção para a necessidade urgente de repensar o modelo de desenvolvimento de Mato Grosso e proteger o Pantanal, além das nascentes que alimentam os principais rios do estado.
Riscos ao Pantanal e às nascentes
Santos alertou que estudos técnicos indicam que o Pantanal perdeu metade de suas águas nas últimas cinco décadas e, sem medidas efetivas, pode desaparecer ainda neste século. Ele citou a degradação das nascentes dos rios Cuiabá, Paraguai, São Lourenço e Taquari, destacando que a falta de preservação ameaça também o ciclo reprodutivo de peixes nativos.
Pequenas Centrais Hidrelétricas e impacto ambiental
O parlamentar criticou o projeto de instalação de seis Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) no rio Cuiabá, destacando que, embora a Secretaria de Estado de Meio Ambiente tenha indeferido os pedidos, empresas seguem buscando autorizações na justiça. Wilson Santos enfatizou a importância de monitorar essas ações para proteger o bioma.
Desenvolvimento econômico e industrialização
Outro ponto destacado foi a necessidade de industrializar a produção de Mato Grosso, reduzindo a dependência de exportações de commodities. Santos citou a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Cáceres como oportunidade para atrair indústrias têxteis e calçadistas, transformando o couro do maior rebanho bovino do país em um polo industrial.
Perspectiva de autoridades e próximos passos
O senador Wellington Fagundes (PL) concordou com a urgência de proteger o Pantanal e destacou a necessidade de logística eficiente e políticas públicas para incentivar a indústria no interior do estado. Segundo Fagundes, fortalecer o Estatuto do Pantanal e instituições de pesquisa é essencial para preservar o bioma e a cultura regional.
A audiência, presidida pelo deputado Carlos Avallone (PSB) e com participação de representantes ambientais e do setor produtivo, contribuiu para consolidar propostas que Mato Grosso apresentará na COP30, marcada para novembro em Belém. Comente sua opinião sobre a preservação do Pantanal e o futuro do desenvolvimento no estado!