Você sabia que Mato Grosso pode se tornar inabitável entre 2030 e 2050?

Fonte: CENÁRIOMT

Você sabia que Mato Grosso pode se tornar inabitável entre 2030 e 2050?
Você sabia que Mato Grosso pode se tornar inabitável entre 2030 e 2050?

Se nenhuma medida for tomada, Mato Grosso poderá atingir 50° graus entre os anos 2030 e 2050. Qual será a consequência de tanto calor? Fácil responder esse questionamento, ficaria praticamente impossível a vida em um lugar tão quente e seco.

A pesquisadora Ana Paula Paes, durante o I Seminário de Mudanças Climáticas em Mato Grosso, pintou um quadro sombrio do futuro do estado. Ana Paula, que é especialista em clima alertou para as consequências do aquecimento global e da falta de ações para mitigar seus efeitos.

A intensificação das ondas de calor é evidente. Só neste ano, o Brasil já registrou oito episódios, com temperaturas em Mato Grosso chegando a superar em 10 graus a média histórica.

Essa realidade é facilmente percebida ao compararmos o calor deste setembro com o do ano passado: enquanto em 2023 tivemos apenas alguns dias muito quentes, neste ano a sensação de calor excessivo é praticamente constante, demonstrando o agravamento da situação.

 Como o calor afetará as pessoas em Mato Grosso?

Onda de calor extrema ameaça cidades de Mato Grosso durante a Primavera

Impactos diretos:

  • Ondas de calor mais intensas e frequentes: As temperaturas extremas já são uma realidade em Mato Grosso, e as projeções indicam que essa situação se agravará, com impactos na saúde, na agricultura e na economia.
  • Secas prolongadas: A redução das chuvas e o aumento da evapotranspiração levarão a períodos de seca mais longos e intensos, afetando os recursos hídricos, a agricultura e a produção de energia.
  • Eventos extremos: Aumento da frequência e intensidade de eventos extremos como tempestades, granizos e vendavais, causando danos à infraestrutura e à produção agrícola.
  • Problemas de saúde: O aumento das temperaturas e a poluição do ar podem agravar problemas respiratórios e cardiovasculares, além de aumentar o risco de doenças transmitidas por vetores, como a dengue.

Impactos indiretos:

  • Perdas na agricultura: A agricultura, um dos pilares da economia mato-grossense, será fortemente impactada pelas mudanças climáticas, com redução da produtividade, aumento de pragas e doenças e perda de áreas cultiváveis.
  • Escassez de água: A redução dos recursos hídricos afetará o abastecimento humano, a irrigação agrícola e a geração de energia hidrelétrica.
  • Migrações: A intensificação dos problemas causados pelas mudanças climáticas pode levar à migração de populações para outras regiões em busca de melhores condições de vida.
  • Perdas na biodiversidade: As mudanças climáticas e os eventos extremos ameaçam a biodiversidade do estado, com a perda de espécies e a alteração dos ecossistemas.

Setores mais vulneráveis:

  • Agricultores: Serão os mais afetados pela redução da produtividade e pela incerteza climática.
  • População de baixa renda: Sofrerá mais com os impactos na saúde, na segurança alimentar e no acesso à água potável.
  • Comunidades tradicionais: Indígenas e quilombolas, que dependem diretamente dos recursos naturais, serão especialmente vulneráveis.

As mudanças climáticas representam um grande desafio para Mato Grosso, exigindo ações urgentes e coordenadas para minimizar seus impactos e garantir um futuro mais sustentável para o estado.

Redatora do portal CenárioMT, escreve diariamente as principais notícias que movimentam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Já trabalhou em Rádio Jornal (site e redação).