A vacinação contra a brucelose em bezerras de três a oito meses é obrigatória e está sendo reforçada pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), que alerta os produtores sobre a importância da imunização. A medida é essencial para prevenir doenças no rebanho, proteger a saúde pública e evitar perdas econômicas no setor agropecuário.
De acordo com a médica-veterinária da Empaer, Tatiany Fernandes Baptista, a vacinação é realizada em duas etapas. A primeira foi encerrada em 30 de junho e a segunda segue até 31 de dezembro. “A vacinação protege o rebanho, evitando principalmente o aborto nas vacas e a queda na produção de leite”, explica.
A brucelose é uma zoonose que afeta bovinos e bubalinos e pode ser transmitida aos humanos, especialmente pelo consumo de leite cru e derivados. A vacinação é, portanto, uma medida de saúde pública, além de exigência legal.
Os extensionistas da Empaer têm atuado junto aos produtores, fornecendo orientações sobre prazos, técnicas e profissionais habilitados para a aplicação correta da vacina. “Realizamos capacitações específicas e seguimos com o trabalho de orientação para garantir uma vacinação eficaz e segura”, destaca Tatiany.
A vacina é aplicada apenas uma vez na vida do animal e deve ser administrada por veterinários cadastrados no Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso ou por profissionais certificados.
A ausência de comprovação da vacinação impede a comercialização de leite e o acesso a programas governamentais como o PNAE, PAA e linhas de crédito rural. Além disso, produtores que não cumprirem o prazo estão sujeitos a multa de R$ 250,83 por animal e não podem emitir a Guia de Transporte de Animal (GTA).
Segundo dados do Indea, o estado possui 32,8 milhões de bovinos, dos quais 4,4 milhões estão na faixa etária obrigatória para vacinação.
A Empaer reforça que a prevenção é a forma mais eficaz de garantir a saúde do rebanho, evitar prejuízos e assegurar alimentos de qualidade. “A vacinação não é só uma obrigatoriedade, é uma forma do produtor cuidar do seu negócio e de quem consome seu leite e seus produtos”, conclui Tatiany Baptista.
